opinião

"Dente por dente, olho por olho"

A absurda tragédia que o mundo assiste horrorizado, representada pelas guerras entre Rússia x Ucrânia e Israel x Palestina, com desdobramentos por todo o Oriente e Norte Europeu, remetem à 3ª Lei de Newton de Ação e Reação, afirmando que, “à toda força de ação aplicada, surge uma força de reação com a mesma intensidade em sentido oposto”, contida no ditado árabe “dente por dente, olho por olho”, ou seja, o castigo deve ser dado na mesma proporção do dano causado, lembrando aos insanos contendores que tanto a Lei de Newton quanto o ditado árabe podem ser aplicados pro bem e pro mal.
 
Sendo assim, é lógico e prudente antes que seja tarde, trocar os dentes e olhos, pelas civilizadas palavras que Deus nos deu, “vamos conversar”, tentar restaurar o bom senso humanitário, praticar o bem, o saudável entendimento entre os povos, até mesmo entre os de origem e culturas diferentes.
 
Está faltando a certas lideranças mundiais, inclusive as de casa ansiosas pra botar as garras de fora, a percepção de que para viver no sentido pleno do sobreviver, que pensar e agir em pensamentos, palavras e obras do bem, como nos ensina o evangelho cristão é maneira melhor do que nascer e viver sob a égide do mau, iludindo-se na ignorância e ilusão de que o poder armado até os dentes, na concepção do “quero, posso e mando” seja a melhor opção, na tardia percepção, de quem morrer verá.
 
Importante ressaltar a evidência de que mais uma vez as lideranças globais não conseguiram tirar lições do passado, continuando a praticar a bestial truculência na interação entre os povos, experimentada em escala global na segunda guerra, que matou mais de setenta milhões de pessoas, com destaque para os judeus, vítimas da alucinação do tirano Hitler, na insana pretensão de ser o dono do mundo.
 
Os demônios ávidos por poder, que por ironia do destino comandam o trôpego caminhar da humanidade, são cegos e surdos, só enxergam e ouvem a si próprios, são seres autônomos, se bastam no sentimento particular, desconhecem o coletivo, o semelhante não importa, entendem mais e tão somente do calibre e potência das pistolas e canhões do que da força e expressão das palavras.
 
Tiraram do mapa países, erradicaram raças, testaram o artefato bélico mais poderoso e não adiantou de nada, apenas adiaram a ameaça do juízo final para qualquer momento, até mesmo no hoje.
 
Deus nos acuda!

* Consultor empresarial (mgmaranhao@gmail.com)

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