Foguetes do Hezbollah deixam seis feridos em Israel
Alvo era uma base militar próxima à cidade, e militares vão investigar por que sistemas de defesa não interceptaram todos os projéteis
Cinco pessoas ficaram feridas em um ataque com foguetes do Hezbollah em direção à cidade de Haifa, no norte de Israel, neste domingo. O alvo seria uma base militar na região, e as Forças Armadas também querem entender por que os sistemas de defesa aérea não conseguiram interceptar todos os foguetes, ou impedir que os destroços dos armamentos atingissem áreas urbanas.
De acordo com as autoridades, quatro pessoas apresentaram ferimentos leves, enquanto outra precisou de cuidados mais intensivos, mas sem risco de vida. Uma sexta pessoa precisou de atendimento por apresentar um quadro de ansiedade aguda. Os ferimentos foram provocados por estilhaços de projéteis interceptados sobre a cidade.
Segundo o Hezbollah, o alvo era uma base militar próxima à cidade. O movimento xiita libanês, apoiado pelo Irã, informou em um comunicado que "lançou um salvamento de foguetes Fadi 1 contra a base de Carmel, ao sul de Haifa" e que se dedicou ao seu líder Hassan Nasrallah, assassinado no fim de setembro em um bombardeio israelense contra o sul de Beirute, capital libanesa.
Apesar de alguns dos foguetes terem sido interceptados, como alegou o Exército israelense, o fato de tantos projéteis terem atingido áreas urbanas — uma rotatória em Haifa foi danificada — levanta preocupações sobre a confiabilidade dos sistemas de defesa. Em comunicado, os militares dizem que o incidente "está sob investigação", sem dar maiores detalhes.
O ministro da Defesa de Israel elevou o tom com o Irã, que atacou seu país na semana passada com cerca de 200 mísseis, e sugeriu que poderia deixar o território iraniano como a Faixa de Gaza ou Beirute, ambas alvos de duros bombardeios israelenses.
As declarações vêm em meio a sinais de uma resposta armada ao lançamento dos mísseis: neste domingo, autoridades iranianas chegaram a suspender voos por algumas horas, um dia antes do ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel completar um ano.
“Os iranianos nem arranharam as capacidades da Força Aérea. Nenhum esquadrão foi danificado, nenhum avião foi danificado, não há uma única pista que não esteja disponível para decolagem, e não há danos à nossa continuidade”, afirmou Gallant, em comunicado, referindo-se aos bombardeios de terça-feira passada.
Ao menos três bases foram atingidas pelos mísseis, incluindo Nevatim, uma das principais do país, mas os israelenses disseram que os danos foram “localizados” — segundo Teerã, os projéteis foram lançados em resposta às mortes do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, e de um comandante da Guarda Revolucionária.
Desde então, Israel tem enviado sinais de que uma resposta armada era iminente e poderia atingir instalações ligadas ao programa nuclear iraniano ou ao setor petrolífero.
No sábado, representantes das Forças Armadas de Israel disseram que a ação seria “séria e significante”, e o premier israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que seu governo “tem o dever e o direito de se defender e responder a esses ataques — e o fará”. No domingo, Gallant reiterou a ameaça.
“Quem pensa que ao tentar atacar Israel nos impedirá de reagir, deve olhar para o que está acontecendo em Gaza e o que está acontecendo em Beirute — as coisas são muito claras”, disse o ministro da Defesa, em comunicado.