"Vendi à vista por um bom preço'",comemora Maitê Proença, que conseguiu negociar apartamento no Rio
Atriz abaixou valor do espaço, de 300 m2, na orla de Copacabana
Ao contrário dos estúdios, os apartamentos do Edifício Chopin, na Avenida Atlântica — com lateral para a piscina do Copacabana Palace e generosos 300 metros quadrados ou mais —, não são negociados com facilidade. A atriz Maitê Proença começou a anunciar o seu em agosto do ano passado. Pedia R$ 4,9 milhões. Como não apareceu comprador, desistiu. Mas, em março, recolocou o imóvel à venda, reduzindo o valor em R$ 600 mil. E, recentemente, conseguiu um interessado.
— Vendi à vista por um bom preço e não muito abaixo do valor inicial. Mas demorou um pouco. Não sei o porquê — conta.
O imóvel que foi de Maitê, conforme descrição da imobiliária responsável pela venda, tem o imóvel tem vista para o mar, hall de entrada, dois quartos, sendo uma suíte e salas de estar/jantar e de TV, entre outras dependências. O condomínio custa R$ 2.831 reais, e o IPTU (mensal) é de R$ 1.359.
No momento, informa a síndica Marina Felfeli, há três apartamentos à venda no condomínio, um no Balada e dois no Preludio, todos há mais de um ano.
Inaugurado em 1956, o Chopin tem 12 andares, 60 apartamentos e três blocos: além do próprio Chopin, há o Ballada e o Preludio. No térreo, funcionam uma agência do banco Safra e uma joalheria. Segundo a síndica, os apartamentos laterais estão avaliados entre R$ 4,5 milhões e R$ 4,8 milhões, e os de frente para o mar entre R$ 6 milhões e R$ 6,5 milhões. Por enquanto.
— Vamos iniciar uma reforma total no Chopin, que vai valorizá-lo ainda mais. Ainda este ano, teremos serviços na garagem, nos elevadores e nas câmeras. Quando passar o réveillon, as obras vão se intensificar. Mexeremos em tudo, inclusive nos jardins, nas portarias, nos corredores. O prédio será todo renovado. Ninguém vai reconhecê-lo depois das obras — garante Marina.
Vice-presidente do Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro (Secovi Rio), Leonardo Schneider afirma que, embora exista público para todos os imóveis, os maiores, especialmente os mais antigos, demoram mais a vender do que os compactos, "porque a vida mudou":
— As famílias diminuíram, as empregadas domésticas já não dormem nas casas dos patrões, e o espaço das pessoas é mais fora de casa. Os proprietários de grandes imóveis precisam flexibilizar, reduzir os preços para conseguir vender.