Inclusão social

Pernambuco inaugura primeira pizzaria apenas com funcionários com Down

A pizzaria vai gerar 40 empregos, e os funcionários contratados serão pessoas com síndrome de Down

Pessoas com síndrome de Down que fazem parte do projeto de capacitação profissional de Erilene Monteiro - Armando Fuentes/divulgação

Pernambuco inaugura a primeira “Pizzaria  Down”  do mundo, nesta segunda-feira (7), às 11h, no Shopping Norte Janga, em Paulista. Com investimento de aproximadamente 150 mil, a pizzaria vai gerar 40 empregos e terá como funcionários apenas pessoas portadoras da síndrome de Down. 

A iniciativa faz parte de um projeto idealizado pela comendadora e mestre em pizzas Erilene Monteiro, que há seis anos trabalha com a especialização e formação profissional de pessoas com Down, de 16 a 40 anos, que farão rodízio durante a semana.

"Tenho um sobrinho que tem essa singularidade e, vendo a capacidade de superação dele em tudo, decidi criar um projeto para proporcionar cidadania e, sobretudo, renda a ele e a todos que têm Down", afirma a comendadora.

O estabelecimento pretende ser uma franquia mundial, e a primeira loja do projeto é a do bairro do Janga, em Paulista, e a mão de obra contratada é composta por pessoas que possuem síndrome de Down.  

A CEO da administração do shopping Norte Janga, Cléia Alves, aponta a importância de sediar um empreendimento que gera emprego e inclusão de portadores de Down.

"É uma satisfação ver que o município de Paulista sai na frente com uma ação como essa, vinda do setor privado. Todos os empresários têm a capacidade de proporcionar a representatividade de pessoas com deficiência e assim deve ser. Agradecemos a empreendedora Erilene Monteiro pelo crédito de se instalar em nosso centro comercial", ressalta Alves.

Portador da Síndrome de Down e funcionário contratado para trabalhar na pizzaria, Márcio Rocha, de 40 anos, comemora a oportunidade de emprego para ele: "Amo gastronomia e pizza, sou capaz de trabalhar e ganhar meu sustento como toda pessoa. Estou feliz por ter um emprego e ganhar meu dinheiro", conclui Márcio Rocha.

"Meu filho é portador da síndrome de Down, e é um orgulho para mim ver como ele enfrenta os desafios para ser útil à sociedade. O projeto é algo muito importante para ele e para mim, só temos a agradecer por isso", comemora a dona de casa Maria Margaret Rocha, mãe de um jovem com Down.