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Náutico consegue prorrogação da Recuperação Judicial por mais 180 dias

Esse foi o terceiro adiantamento para renegociar as dívidas no prazo para a conclusão da Campanha de Conciliação e realização da assembleia geral de credores

Sede do Náutico, nos Aflitos - Léo Lemos/Arquivo Náutico

O Náutico conseguiu, pela terceira vez, prorrogar o prazo da Recuperação Judicial do clube por mais 180 dias. Com isso, o Timbu ampliou o período de renegociação das dívidas no  prazo para a conclusão da Campanha de Conciliação e realização da assembleia geral de credores.

A Justiça considerou que o Náutico precisaria de mais tempo para negociar os débitos com os credores. Até o momento, o Timbu fez alguns pagamentos parciais, utilizando, por exemplo, os R$ 3 milhões obtidos com a rescisão contratual com o Grupo Mateus, que desistiu da ideia de arrendar parte do terreno do CT Wilson Campos.

O Náutico também aguarda receber mais de R$ 14 milhões da Arena de Pernambuco S.A pela quebra de contrato, firmada em 2011 e que previa um aporte mensal entre R$ 350 mil e R$ 500 mil durante 30 anos. 

Em 2016, porém, a empresa rescindiu o contrato e, segundo os alvirrubros, deixou de pagar o que devia ao clube desde agosto de 2015.

Na ação, o Náutico cobra mais de R$ 14 milhões pela quebra unilateral do acordo com o consórcio que administrava a Arena, já que o vínculo inicial deveria ser finalizado em 2043. Também é citada uma interrupção da negociação entre o clube e o Grupo Iguatemi sobre a construção de um projeto imobiliário nos Aflitos.

Em 2018, o imbróglio jurídico ganhou mais um capítulo. A ação movida pelo clube por quebra unilateral de contrato por parte da empreiteira foi definida para ter arbitragem pernambucana. A decisão acatou um desejo dos alvirrubros de ter um árbitro do estado para mediar a situação e não um profissional de outra região, como era solicitado pela empresa.