Ativistas pró-Palestina cobrem obra de Picasso com foto de Gaza na National Gallery, em Londres
Grupo Youth Demand pede o fim da venda de armas para Israel
Duas pessoas cobriram brevemente uma obra de Pablo Picasso na National Gallery de Londres com a foto de uma mãe e seu filho feridos em Gaza, comunicaram o museu e o grupo de ativistas.
O grupo, chamado Youth Demand, que pede o fim da venda de armas para Israel, informou que os dois manifestantes colaram a fotografia no vidro protetor da obra “Maternidade”, pintada pelo artista espanhol em 1901.
Um vídeo postado nas redes sociais pelo grupo mostrou um segurança se lançando rapidamente para retirar a foto.
Um dos manifestantes gritou "Livre, livre Palestina" no momento de sua detenção.
Durante sua prisão, no chão, o manifestante disse que o governo do Reino Unido é "cúmplice do genocídio" na Faixa de Gaza e que há um forte apoio à campanha para parar a venda de armas para Israel.
Esse grupo pró-Palestina protagonizou em julho outro ato de protesto contra a venda de armas para Israel em frente ao Cenotáfio de Londres, o monumento oficial aos britânicos que caíram em conflitos, e planejava interromper um discurso do rei Carlos III naquele mesmo mês.
Os eventos desta quarta-feira na National Gallery ocorreram pouco antes das 12h00 horas locais.
Em um comunicado, a Galeria Nacional afirmou que "a polícia interveio e prendeu" as duas pessoas.
"A sala está atualmente fechada. Não houve danos em nenhuma obra", acrescentou o museu em seu texto.
A National Gallery tem sido palco recentemente de ações de ativistas ecológicos.
No final de setembro, dois ativistas foram condenados a penas de prisão por terem jogado sopa em 2022 sobre o quadro "Os girassóis", do pintor holandês Vincent Van Gogh.
Quando a condenação foi divulgada, o mesmo quadro e outra versão de "Os Girassóis" foram novamente atacados por ativistas do mesmo grupo.