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Polícia alemã desmonta acampamento pró-palestino ante visita de Greta Thunberg

A jovem acusou a Alemanha de "silenciar e ameaçar ativistas que se manifestam contra o genocídio e a ocupação da Palestina"

A ativista sueca Greta Thunberg - John Thys / AFP

A polícia alemã desmontou um acampamento de protesto pró-palestino que havia convidado Greta Thunberg, uma voz altamente crítica de Israel que acusou as autoridades de silenciar os ativistas.

A polícia argumentou que a ativista climática sueca, de 21 anos, participou de uma manifestação pró-palestina em Berlim na segunda-feira, aniversário do ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que terminou em confrontos com a polícia.

"Acontecimentos recentes relacionados com Thunberg nos levaram a considerar que ela era uma participante disposta a recorrer à violência", justificou a polícia da cidade de Dortmund, no oeste da Alemanha.

"Fui convidada pelo Acampamento de Estudantes Palestinos em Dortmund para participar de uma mesa redonda. Pouco depois de publicarem uma foto anunciando esse evento, a polícia veio avisar que eles tinham que sair e que me prenderiam se eu fosse lá", denunciou Thunberg em uma mensagem de vídeo na rede social X.

A jovem, que usava um keffiyeh preto e branco sobre os ombros, acusou a Alemanha de "silenciar e ameaçar ativistas que se manifestam contra o genocídio e a ocupação da Palestina".

A Alemanha, que se esforça para se redimir pelo Holocausto, destaca frequentemente o seu forte apoio a Israel e às comunidades judaicas em todo o mundo. O governo alemão instou Israel a cumprir o direito internacional no conflito de Gaza e apelou a um cessar-fogo naquele território e no Líbano.

Um porta-voz do grupo parlamentar conservador exigiu que Thunberg, fundadora do movimento de protesto "Fridays For Future", fosse proibida de entrar no país.