Santa Cruz busca formas de viabilizar reforma do Arruda
Bruno Rodrigues, presidente do clube, falou sobre a possibilidade de vender o naming rights do estádio
O Santa Cruz anda estudando formas para conseguir buscar recursos para reformar o Estádio do Arruda. Na coletiva em que apresentou a Alvarez & Marsal, empresa que está fazendo o assessoramento da SAF, na última terça-feira (08), o presidente Bruno Rodrigues revelou que o clube planeja atrair investimentos, podendo, até, vender os namings rights do José do Rego Maciel.
Admitindo o momento delicado financeiramente, passando por um processo de Recuperação Judicial e visando a implementação da SAF, a diretoria tricolor está procurando maneiras de viabilizar o clube. Uma possibilidade que surge é da venda dos direitos de nome da casa coral, prática que já é comum em estádios e arenas ao redor do mundo e está sendo mais frequente no Brasil.
“A questão do patrimônio é uma coisa muito importante. Como já foi dito, precisamos de parceiros para viabilizar o clube. O estádio tem um pouco mais de 50 anos, é o segundo maior do país, privado, disso você pode ver o tamanho do desafio", comentou o presidente.
A princípio, é do desejo da atual diretoria tricolor que o patrimônio do Santa Cruz esteja fora das negociações da SAF e, segundo Bruno Rodrigues, essa intenção parte pela convicção que será possível encontrar parceiros que invistam no estádio do Arruda. Conforme o Cast Coral, a Cobra Coral tem conversas adiantadas com a Casa de Apostas, mesma empresa que comprou os direitos da Fonte Nova.
“Eu tenho certeza que a gente consegue trazer parceiros para investir no patrimônio. Então, a minha ideia é um contrato de 25 anos. O naming rights tem grupos interessados. Eu acho que isso também é um caminho que nós vamos trilhar, porque é trazer para cá empresas conhecidas no mercado nacional e internacional que possam modernizar nosso estádio, nosso patrimônio”, iniciou Bruno Rodrigues, presidente do Executivo.
“Uma parceria como essa já existe em outros clubes. Isso é uma realidade, estamos discutindo isso para que a gente possa efetivamente trazer parceiros que invistam no patrimônio do clube”, completou.
Valores dos acordos de naming rights dos estádios no Brasil:
- Mercado Livre Arena Pacaembu - R$ 1 bilhão por 30 anos - R$ 33,3 milhões por ano
- Vila Viva Sorte (Santos) - R$ 150 milhões por 10 anos - R$ 15 milhões por ano
- Morumbis (São Paulo) - R$ 75 milhões - R$ 25 milhões por ano.
- Allianz Parque (Palmeiras) - R$ 300 milhões por 20 anos - R$ 15 milhões por ano
- Neo Química Arena (Corinthians) - R$ 300 milhões por 20 anos - R$ 15 milhões por ano
- Ligga Arena (Athletico-PR) - R$ 200 milhões por 15 anos - R$ 13,3 milhões por ano
- Casa de Apostas Arena Fonte Nova - R$ 52 milhões por 4 anos - R$ 13 milhões por ano
- Arena MRV (Atlético MG) - R$ 71,8 milhões por 10 anos
- Arena BRB Mané Garrincha - R$ 7,5 milhões por 3 anos - R$ 2,5 milhões por ano
- Casa de Apostas Arena das Dunas - R$ 6 milhões por 5 anos - R$ 1,2 milhões por ano
- Arena Nicnet (Botafogo-SP) - R$ 6 milhões por 5 anos - R$ 1,2 milhões por ano
Fachada
Outra pauta em relação à estrutura do patrimônio tricolor é da fachada do clube. Bruno Rodrigues garantiu que essa obra deve ser encerrada até o final do ano. "Essa é uma prioridade do clube. Sabemos da ansiedade e o desejo da torcida para ter uma fachada digna do nosso clube. Nós já estamos avançados, devemos assinar esse contrato na próxima semana e esperamos entregar o mais breve possível, acredito até o final do ano", disse.