Economia Criativa

Escola Superior de Propaganda e Marketing divulga índice das cidades mais criativas do Brasil

Recife aparece em 11ª colocação

Instituição de ensino é referência em marketing e inovação - Divulgação

A Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) divulgou nesta terça-feira (08) o Índice de Desenvolvimento Potencial da Economia Criativa (IDPEC), que classifica as 26 capitais brasileiras e o Distrito Federal segundo seu potencial de crescimento econômico por meio da Economia Criativa. O lançamento do estudo faz parte das comemorações dos 50 anos da ESPM Rio.

Florianópolis (SC) conquistou o primeiro lugar no ranking, seguida por Vitória (ES) e Curitiba (PR). A pesquisa foi desenvolvida pelo Mestrado Profissional em Economia Criativa, Estratégia e Inovação (MPECEI) da ESPM, com dados coletados nos últimos oito anos.

O índice é uma ferramenta crucial para o planejamento de políticas públicas que visam impulsionar a economia criativa nas cidades.

“O índice é uma ferramenta, que pode ajudar significativamente no planejamento de políticas públicas e ajudar as cidades brasileiras  a se prepararem para assumir a vanguarda nessa área e fazer da economia criativa um de seus grandes motores de crescimento”, diz João Luiz de Figueiredo, coordenador do Programa de pós-graduação em Economia Criativa, Estratégia e Inovação da ESPM - PPGECEI.

Desempenho de Recife

A capital pernambucana, Recife, ocupa a 11ª posição no IDPEC e manteve sua colocação desde 2019. Apesar de registrar um aumento nos indicadores de Ambiente Cultural e Empreendedorismo Criativo, a cidade enfrenta desafios significativos, especialmente na segurança urbana, onde ocupa a última posição no ranking. Em 2023, Recife registrou uma taxa alarmante de 79,35 homicídios por 100 mil habitantes.

Entretanto, Recife se destaca em outros aspectos. A cidade ocupa o 7º lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Ensino Médio entre as capitais e lidera o gasto público municipal per capita em cultura, com um investimento de R$ 120,46 por habitante.

Análise do Índice

O IDPEC avalia as capitais com base em três dimensões principais:

1. Capacidades Humanas: Avalia a educação e a formação profissional da população.

2. Atratividade e Conectividade Espacial: Considera fatores como segurança urbana e conectividade digital.

3. Ambiente Cultural e Empreendedorismo Criativo: Analisa o investimento em cultura e a taxa de criação de empresas.

Na dimensão **Capacidades Humanas**, Florianópolis se destaca com o maior percentual de pessoas com ensino superior (39,1%), enquanto na **Educação Básica**, Curitiba é a melhor classificada.

Na **Atratividade e Conectividade Espacial**, a segurança urbana é um ponto crítico para Recife, enquanto Florianópolis se destaca positivamente. No entanto, em termos de investimento em cultura, Recife permanece na liderança.

Ranking das Dez Cidades com Maior Potencial Criativo

1. Florianópolis (SC) - 0,91

2. Vitória (ES) - 0,83

3. Curitiba (PR) - 0,76

4. São Paulo (SP) - 0,72

5. Brasília (DF) - 0,71

6. Palmas (TO) - 0,66

7. Goiânia (GO) - 0,66

8. Belo Horizonte (MG) - 0,62

9. Porto Alegre (RS) - 0,61

10. Cuiabá (MT) - 0,60