BC não vê resistência de regulados à transição verde, diz chefe-adjunta de departamento
Apesar do engajamento, ela destacou que ainda há desafios nessa transição, incluindo a obtenção de dados para análise de riscos e cenários de estresse
Entidades reguladas pelo Banco Central não têm resistido à transição verde e, pelo contrário, têm demonstrado parceria e engajamento significativos nesse tema, disse hoje a chefe-adjunta do Departamento de Regulação Prudencial da autarquia, Kathleen Krause.
"A gente tem visto um sistema financeiro engajado, porque eles estão vendo que investir na transição é uma oportunidade", afirmou, em evento organizado pela Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac) com apoio do BC.
Apesar do engajamento, ela destacou que ainda há desafios nessa transição, incluindo a obtenção de dados para análise de riscos e cenários de estresse.
A dificuldade, nesse caso, é que são necessários dados com horizonte de tempo mais longo do que em análises tradicionais, como risco de crédito, e a produção dessas informações é custosa
"As empresas, as pessoas e os bancos precisam se debruçar sobre isso para conseguir mensurar a emissão de carbono, para conseguir definir metas e ser muito responsáveis na definição de metas", afirmou Krause.
"A gente, no BC, está preocupado com isso: divulgação de informação, avaliação de cenários, teste de estresse, mas com seriedade. É difícil, mas tem de ser feito."