Israel

EUA apertam sanções ao Irã enquanto busca conter ataque israelense

A medida surge em um momento em que a Casa Branca tenta persuadir Israel a não realizar ataques militares

O premier de Israel, Benjamin Netanyahu - Shaul Golan/AFP

O governo dos Estados Unidos disse, nesta sexta-feira (11), que estava endurecendo as sanções ao Irã em resposta ao ataque de mísseis balísticos em grande escala de Teerã contra Israel no início deste mês.

A qmedida surge em um momento em que a Casa Branca tenta persuadir Israel a não realizar ataques militares contra a infraestrutura petrolífera ou instalações nucleares do Irã, que alguns temem que possam fazer subir os preços do petróleo.

O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que as novas medidas endereçam a "frota fantasma", as companhias marítimas que ajudam o Irã a contrabandear petróleo ilicitamente em todo o mundo.

"Estas medidas ajudarão a restringir que o Irã obtenha ainda mais recursos financeiros usados para apoiar os seus programas de mísseis e fornecer apoio a grupos terroristas que ameaçam os EUA, os seus aliados e parceiros", disse Sullivan em comunicado

Aproximadamente 90% das exportações iranianas vão para a China, que não reconhece as sanções dos EUA contra o Irã.

Para evitar as sanções existentes, algumas empresas transportaram petróleo iraniano para a China usando navios sob bandeira estrangeira, como da Malásia e Emirados Árabes Unidos, disseram os EUA na sexta-feira, citando que foram identificados 23 navios que ajudaram a transportar petróleo e que seriam alvo de medidas.

As ações da administração americana surgem no contexto de consultas entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos EUA, Joe Biden, sobre os planos de Israel de retaliar militarmente o Irã pelo ataque deste mês que envolveu cerca de 180 mísseis balísticos.