Petrobras pede prorrogação à ANP enquanto aguarda licença do Ibama para perfurar Margem Equatorial
Estatal espera uma definição até o fim deste ano
A demora no aval do Ibama para a Petrobras perfurar o primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, fez a estatal pedir à Agência Nacional de Petróleo (ANP) a suspensão do prazo para explorar a região. Pelas regras do contrato de concessão do bloco, a companhia tem um período para iniciar a perfuração.
Sylvia dos Anjos, diretora de Exploração e Produção da estatal, disse que entrou em agosto com um pedido na ANP para prorrogar o prazo exploratório. Ela participou, na manhã desta segunda-feira, de um café da manhã com jornalistas na sede da empresa, no Centro do Rio.
— Pedimos a postergação porque ainda não conseguimos a licença. Esse bloco foi adquirido em 2013 e tivemos que fazer as renovações do pedido. A ANP acatou a solicitação e houve a suspensão (do prazo para explorar).
Sylvia disse que a meta é buscar novas reservas.
— Estamos em busca de reservas. No poço da Margem Equatorial (na Bacia da Foz do Amazonas, que depende do aval do Ibama), já poderíamos ter uma avaliação da região. Estou confiante de que agora conseguiremos a licença, porque não há mais nenhum argumento.
Clarice Coppetti, diretora de Assuntos Corporativos, afirmou, por sua vez, que espera um retorno ainda neste ano.
— Apresentamos uma proposta no dia 2 de agosto para uma nova base de fauna em Oiapoque, que será montada em janeiro de 2025, e está em análise no Ibama. Todos os pontos foram respondidos. Fechamos todos os itens levantados pelo próprio Ibama. Esperamos que, em 2024, tenhamos um retorno da equipe técnica.
O poço na Bacia da Foz do Amazonas está a 175 quilômetros da costa do Amapá e a mais de 500 quilômetros de distância da foz do rio Amazonas. A licença para que a estatal perfurasse o poço foi negada pelo Ibama em 2023, mas a estatal recorreu. Hoje, aguarda uma decisão final.
Durante o evento, Sylvia disse que a estatal já perfurou diversos poços na Margem Equatorial, que vai da costa do Amapá ao Rio Grande do Norte, sem nenhum tipo de problema.