Presidente do Corinthians é investigado por suspeita de fraude

s investigações devem correr por 30 dias, e ouvirão dirigentes do clube e outros envolvidos na administração do estádio corintiano

A Polícia Cívil abriu nesta segunda (24) um inquérito policial para investigar o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, por suspeita de fraude em documentação da Arena Corinthians. Na última sexta (21), a revista "Época" publicou que Andrade assinou ata de assembleia geral do fundo que comanda o estádio como presidente do clube dois dias antes de assumir o cargo, em 2015.

O procedimento criminal foi aberto no 52º Distrito Policial, no Parque São Jorge, e será conduzido pelo delegado Roberto Sampaio Lopes, da Polícia Civil. As investigações devem correr por 30 dias, e ouvirão dirigentes do clube e outros envolvidos na administração do estádio corintiano. Após os trabalhos, pode haver prorrogação por mais 30 dias.

A investigação foi aberta a partir de um pedido do ex-deputado estadual e conselheiro corintiano Romeu Tuma Jr. Em contato com a reportagem, Tuma Jr. confirmou a denúncia e a abertura das investigações e disse esperar que os fatos sejam apurados.

O Corinthians nega qualquer tipo de fraude. Em nota divulgada na sexta, Andrade negou ter fraudado qualquer documento "seja em relação ao Corinthians, seja em sua vida pessoal ou profissional". O mandatário afirmou que, no momento da assinatura da ata da reunião, já estava no exercício do mandato e que a reunião não aconteceu presencialmente.

Para oposicionistas, o caso poderia até colocar sob suspeita as eleições que levaram Andrade à presidência –eles questionam se o mandatário teria certeza da vitória dias antes do resultado oficial. A situação política delicada levou o presidente a realizar reuniões com aliados para tentar apaziguar a situação. Dentro de campo, o Corinthians é o sexto colocado no Campeonato Brasileiro.