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China envia ursos panda aos EUA em acordo para reprodução e pesquisa dos animais; entenda

Chegada de Bao Li e Qing Bao representa um marco na chamada "diplomacia panda", uma tradição chinesa iniciada em 1972, quando a capital americana recebeu os mamíferos como presente

Ursos panda Bao Li e Qing Bao, enviados pela China, chegaram ao Aeroporto Internacional de Washington - Brendam Smialowski/AFP

Os ursos panda Bao Li e Qing Bao, enviados pela China, chegaram ao Aeroporto Internacional de Washington, nos Estados Unidos, nesta terça-feira, marcando o retorno da espécie à capital americana após quase um ano de ausência.

Os dois mamíferos de 3 anos foram recebidos com uma cerimônia especial no aeroporto e seguirão para o Zoológico Nacional do Smithsonian, onde permanecerão por 10 anos como parte de um acordo de reprodução e pesquisa.

Os pandas, oriundos da província chinesa de Sichuan, viajaram em gaiolas individuais a bordo de um avião de carga, apelidado de "Panda Express".

Bao Li e Qing Bao serão instalados em um local no zoológico, que foi reformado para "melhorar a segurança das instalações e o espaço onde os pandas poderão se movimentar".

O Zoológico Nacional do Smithsonian permanecerá fechado ao público nesta terça-feira para facilitar a chegada e adaptação de Bao Li e Qing Bao. Os dois pandas passarão por um período de quarentena e aclimatação antes de serem apresentados ao público.

A chegada deles foi anunciada oficialmente em maio deste ano pela primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, em parceria com o Smithsonian. Quando o período de quarentena terminar, o público americano terá a oportunidade de ver os dois novos "embaixadores pandas".

Diplomacia panda
A China recorre à chamada "diplomacia panda" desde 1972, quando enviou os primeiros mamíferos como um presente à capital americana após a visita histórica do presidente Richard Nixon ao país comunista de Mao Tsé-Tung.

Alguns pandas permanecem nos Estados Unidos depois que uma grande parte deles voltaram à China sob convênios, incluindo os três que estiveram no Smithsonian até novembro de 2023. A demora na substituição dos pandas foi interpretada como um sinal das tensões entre Washington e Pequim.

Em novembro do ano passado, o presidente chinês Xi Jinping, durante uma reunião com o presidente Joe Biden, anunciou o envio dos novos pandas como "representantes da amizade entre o povo chinês e americano".

Já em agosto deste ano, o zoológico de San Diego, também nos Estados Unidos, recebeu dois pandas, os primeiros a serem enviados da China em 21 anos.

Alguns pandas permanecem nos Estados Unidos depois que uma grande parte deles voltaram à China sob convênios, incluindo os três que estiveram no Smithsonian até novembro de 2023.

A demora na substituição dos pandas foi interpretada como um sinal das tensões entre Washington e Pequim.