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Alerta da Microsoft para recrutamento de cibercriminosos por Rússia, China e Coreia do Norte

Os hackers também estão "lançando ransomware, sabotando operações e realizando campanhas

Sede francesa da Microsoft - Gerard Julien/AFP

Rússia, China e Coreia do Norte estão cada vez mais agressivas na hora de recrutar cibercriminosos para roubar dinheiro, informações e influência eleitoral, alerta a Microsoft em um relatório divulgado nesta terça-feira (15).

Os hackers também estão “lançando ransomware, sabotando operações e realizando campanhas de influência”, ressalta o vice-presidente de Segurança do Consumidor, Tom Burt, no relatório Defesa Digital da Microsoft.

“O ritmo dos ataques cibernéticos patrocinados pelos Estados-nação escalou a ponto de haver agora efetivamente um combate constante no ciberespaço sem consequências para quem ataca”, acrescenta Burt.

As observações do último ano mostram uma “convergência” entre governo e cibercriminosos, destaca o relatório, que aponta atividades na China, Rússia, Irã e Coreia do Norte.

Os países ganharam cibercriminosos com motivação econômica como “força multiplicadora”, aproveitando sua experiência para hackear. “Também vimos mudanças rápidas nas táticas da guerra híbrida, com extração de grande alcance de interferência em eleições democráticas e um aumento dos ataques de ransomware e fraude financeira em todo o mundo.”

A Microsoft também alerta para os riscos do uso da inteligência artificial, e menciona Rússia, Irã e China como nações comprometidas em eleições, gerar discórdia e minar a confiança em instituições públicas.

“O acesso generalizado às ferramentas de IA generativa, somado a acontecimentos geopolíticos importantes, criou um ambiente propício para as operações de interferência de Estados-nação em disputas de alto risco”, diz o texto.

A Coreia do Norte “apagou a linha” entre o cibercrime e a ciberespionagem. A ONU estima que aquele país já tenha roubado mais de US$ 3 bilhões (R$ 17 bilhões) em criptomoedas desde 2017, segundo o relatório.