Egito

Em visita rara ao Egito, chanceler do Irã pede calma na região

De acordo com um comunicado do gabinete de Al Sisi, os dois falaram sobre "a necessidade de interromper a escalada regional"

Khaled Desouk/AFP

O ministro iraniano das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, e o presidente egípcio, Abdel Fatah al Sisi, alertaram nesta quinta-feira (17) para o perigo de um conflito regional durante uma reunião incomum no Cairo.

Araqchi é o primeiro chanceler iraniano a visitar a capital egípcia desde 2013 e está no país como parte de uma viagem regional, depois que Israel prometeu bombardear o Irã em retaliação ao ataque de Teerã de 1º de outubro.

No dia, a República Islâmica lançou quase 200 mísseis contra Israel como represália, segundo Teerã, pelas mortes do líder do Hamas - que o Irã atribui a Israel -, de um general iraniano e do comandante do Hezbollah em bombardeios israelenses no Líbano.

De acordo com um comunicado do gabinete de Al Sisi, os dois falaram sobre "a necessidade de interromper a escalada regional" e "intensificar os esforços para um cessar-fogo em Gaza e no Líbano".

A agência oficial de notícias iraniana indicou que Al Sisi e Araqchi "concordaram na necessidade de intensificar os esforços para acabar com os crimes em Gaza e com a agressão contra o Líbano, ajudar os deslocados e impedir a expansão da política de guerra do regime sionista", em referência a Israel.

Após décadas de relações tensas, Teerã e Cairo realizaram uma aproximação progressiva nos últimos anos, em particular desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza.