Caso Marielle: delegado Rivaldo Barbosa é transferido para presídio em Mossoró (RN)
Preso preventivamente desde março, Rivaldo é apontado como mentor intelectual do crime
O delegado Rivaldo Barbosa foi transferido de Brasília para a penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, na tarde desta quarta-feira (16). Ele está preso preventivamente desde março, suspeito de ser mentor intelectual dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, crimes que, segundo a Polícia Federal, foram planejados pelos irmãos Brazão.
As investigações da PF apontam que Rivaldo Barbosa usou a autoridade como chefe de Polícia Civil “para oferecer a garantia necessária aos autores intelectuais do crime de que todos permaneceriam impunes”.
Em depoimento no início de junho, o delegado negou ter planejado os homicídios e de ter atuado para proteger os supostos mandantes. No mês seguinte, negou conhecer os irmãos Brazão.
As acusações a Barbosa consideram a delação premiada de Ronnie Lessa, feita no ano passado. Nela, o autor do crime afirmou que o delegado deu aval aos Brazão de que eles ficariam impunes:
"Lessa justifica que a carta-branca outorgada por Rivaldo aos irmãos Brazão é uma forma mais segura de se cometer homicídios na capital fluminense, tendo em vista que o ajuste prévio tem o condão de evitar um 'bote', ou seja, extorsão decorrente de investigadores em face dos homicidas para que seus crimes não sejam devidamente investigados", escreveu a PF no relatório da investigação.
Além de Barbosa, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) Domingos Brazão também estão presos preventivamente.