Liam Payne: como foram os 100 dias do cantor em centro de reabilitação nos EUA
Ex-integrante do One Direction morreu nesta quarta-feira, após cair do terceiro andar de um hotel em Buenos Aires
Liam Payne, ex-integrante da banda britânica One Direction, morreu na quarta-feira (16), em Buenos Aires, na Argentina. De acordo com as fotos que surgiram do quarto do hotel, o cantor de 31 anos estaria usando drogas pouco antes de cair do terceiro andar do prédio onde estava hospedado. Longe de ser um episódio isolado, a jovem artista enfrentava problemas de dependência há anos.
Payne tornou público seu uso problemático de drogas, especialmente álcool. Ele não manteve segredo, e falou abertamente sobre o assunto com seus seguidores pelas redes sociais e em entrevistas. Em 2023, passou por um processo de reabilitação. Na época, ele decidiu se internar em um centro de tratamento na Louisiana, nos Estados Unidos, onde permaneceu por 100 dias.
“Tinha medo do que encontraria quando voltasse”
Em 2023, Liam Payne anunciou publicamente que havia entrado em um centro de reabilitação na Louisiana, nos Estados Unidos, onde passou 100 dias em tratamento. A decisão foi motivada principalmente pelo desejo de superar o vício do álcool e melhorar o relacionamento com o filho, Bear, fruto do relacionamento com a cantora Cheryl.
Em um vídeo postado em seu canal no YouTube intitulado “Estou de volta”, o cantor explicou que a virada ocorreu quando percebeu o dano que estava causando aos seus entes queridos devido ao seu comportamento. “Tive que me afastar do mundo e de tudo que conhecia. Tornei-me uma pessoa que não reconhecia mais”, ele compartilhou. Além disso, acrescentou que seus vícios afetaram tanto sua carreira quanto seus relacionamentos pessoais.
Durante o processo de reabilitação, o britânico deixou o celular de lado e cortou todo contato com o mundo exterior. Em seu vídeo de oito minutos, ele descreveu como a desconexão do mundo digital o ajudou a se concentrar na recuperação. No entanto, ele também admitiu que o mais difícil foi ligar novamente o telefone e enfrentar novamente a vida pública. “Eu estava com medo do que encontraria quando voltasse”, disse ele.
Os vícios
Ao longo de sua carreira, Liam Payne revelou em diversas ocasiões sua luta contra o alcoolismo. Em diversas entrevistas, ele revelou que começou a beber muito para lidar com o sucesso esmagador que experimentou ao fazer parte do One Direction, uma das boybands de maior sucesso de todos os tempos.
O intérprete falou abertamente sobre os pensamentos sombrios que o acompanharam durante essa fase, e como a sua vida pública complicou o seu bem-estar mental. Em 2021, em uma aparição no podcast The Diary of a CEO, ele afirmou ter tido pensamentos suicidas durante sua passagem pela banda.
A fama, a pressão e a constante atenção da mídia fizeram com que o cantor recorresse ao álcool como forma de se desconectar de sua realidade. Em 2023, depois de quase seis meses sóbrio, Payne comentou no mesmo vídeo do YouTube que seus esforços para ficar longe do vício não tinham sido fáceis, mas que ele fez isso principalmente por seu filho, Bear. “Quero ser o melhor pai que posso ser e estar totalmente presente quando estou com ele”, explicou.
Em 2022, antes de entrar na reabilitação, ele enfrentou forte reação da mídia devido às suas declarações no podcast Impaulsive, do YouTuber Logan Paul. Durante essa entrevista, ele fez uma série de comentários sobre seus ex-colegas do One Direction, o que gerou polêmica imediata entre seus fãs e o público em geral.
O intérprete deu a entender que a banda se formou em torno dele e minimizou o sucesso de seus companheiros. Ele também falou negativamente sobre Zayn Malik, outro ex-integrante da banda, gerando uma onda de críticas.
Após essa entrevista, Payne admitiu que havia atingido um ponto crítico em sua vida. Ele reconheceu que grande parte de sua raiva vinha de frustrações internas, não apenas com sua carreira, mas consigo mesmo. Foi nesse momento que ele decidiu procurar ajuda profissional e entrar na reabilitação. Enquanto isso, ele descreveu sua estadia na Louisiana, nos Estados Unidos, como um processo que “salvou sua vida”.