MORTE DE LIAM PAYNE

Liam Payne: fãs do One Direction saem às ruas de Buenos Aires para lamentar morte

A descrença e a tristeza predominam entre os seguidores argentinos da banda britânica ao saber que o cantor de 31 anos morreu após cair de um terceiro andar

Fãs do cantor britânico Liam Payne acenderam velas ao lado do hotel onde ele morreu, em Buenos Aires, em 16 de outubro de 2024 - Luis Robayo/AFP

Após o anúncio da morte de Liam Payne, dezenas de curiosos e fãs de One Direction correram para o bairro de Palermo, em Buenos Aires, onde o cantor britânico estava hospedado. Muitos chegavam chocados. Outros se aproximavam com a esperança de que não fosse verdade, mas isso se desvaneceu ao verem o cordão policial que os impedia de se aproximar, as televisões que transmitiam ao vivo e a chegada de um grupo de peritos forenses vestidos com jalecos brancos para avaliar a cena.

Entre os presentes, na sua maioria mulheres jovens, havia mais perguntas do que lágrimas. Todas sabiam a breve informação oficial: Payne morreu instantaneamente devido a um ferimento na cabeça. Ele caiu do terceiro andar em um pátio interno do hotel CasaSur, na rua Costa Rica, número 6.032.

O gerente do hotel explicou que ouviram “um barulho alto” e quando foram ao local descobriram que Payne estava morto. Minutos antes, a polícia havia recebido uma ligação “sobre um homem agressivo que poderia estar sob a influência de drogas ou álcool”.

A partir daí, os boatos entre as centenas de pessoas que ocupavam a rua se multiplicaram e se diversificaram. O elo comum em todas as histórias era que Payne estava sob efeito de alguma substância, hipótese que será confirmada ou descartada quando forem conhecidos os resultados da autópsia. Enquanto isso, nas redes sociais começaram a circular vídeos mostrando o suposto quarto do cantor destruído em um acesso de raiva.

Há uma década, o One Direction era a banda da adolescência de milhões de pessoas em todo o mundo, também na Argentina, onde o público ainda se lembra do show feito no dia 3 de maio de 2014. “Acampei duas noites para vê-los. ”, lembra Martina di Lalla, fã de 24 anos que foi parta a porta do hotel CasaSur. “O One Direction fez parte da nossa adolescência. É como se alguém que você conhece tivesse morrido”.

Denúncias da ex-namorada
Desde a dissolução do grupo em 2015, a carreira solo dos cinco membros tem sido irregular e a de Payne foi uma das menos afortunadas. “Eu ouvia muito One Direction e embora seja fã de Louis [Tomlinson] e não de Liam, pensar que ele morreu é trágico”, lamentou Victoria, 18 anos.

“A forma como ele morreu foi terrível". Essa fã descobriu por meio de um telefonema de sua mãe quando estava em um café com as amigas e as três decidiram percorrer os quarteirões que as separavam do hotel onde ocorreu a tragédia.

Durante a noite, era possível ver as fãs na ponta dos pés, atrás do cordão policial, com os celulares nas mãos, prontas para registrar se as portas do hotel se abrissem. Atrás delas, a família dona do supermercado chinês do outro lado da rua subiu em algumas caixas de cerveja para ter uma visão privilegiada daquele momento. Depois que o corpo foi transferido pela polícia, algumas fãs começaram a acender velas e a deixar mensagens em frente ao quatro estrelas, inaugurado em 2015.

As acusações de violência feitas pela ex-companheira Maya Henry afetaram a imagem de Payne e foram relembradas após sua morte em Buenos Aires. Há apenas dois dias, Henry disse em uma entrevista que ele exigiu que ela fizesse um aborto sem ajuda médica adequada para evitar que a notícia se espalhasse. Segundo seu depoimento, após interromper a gravidez, o cantor a abandonou.

Os fãs do One Direction sabiam que Payne estava na Argentina porque no dia 2 de outubro ele apareceu de surpresa no show de seu ex-parceiro Niall Horan. O público o reconheceu e gravou vídeos em que se ouvia uma fã gritando "eu te amo" e Payne era visto dançando freneticamente ao som de alguns clássicos do One Direction interpretados por Horan. Muitos seguidores pensaram que ele já havia saído da cidade. Ninguém imaginava que duas semanas depois, estaria morto.