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MSC compra empresa brasileira de logística portuária Wilson Sons por R$ 4,35 bilhões

Gigante global de transporte marítimo adquiriu 56,47% de participação da companhia de 186 anos

Empresa brasileira de logística portuária e marítima Wilson Sons - Divulgação / Wilson Sons

A gigante global de transporte marítimo MSC anunciou nesta segunda-feira (dia 21) a compra da empresa brasileira de logística portuária e marítima Wilson Sons por R$ 4,35 bilhões.

A operação acontece com a venda das ações da OW Overseas – acionista controladora da companhia brasileira, com 56,47% de participação – para a SAS Shipping Agencies, subsidiária da MSC.

A operação ainda está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica ( Cade) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Segundo fato relevante publicado pela companhia brasileira, a expectativa é que a operação seja concluída durante o segundo semestre de 2025.

Aos 186 anos em atividade, a Wilson Sons foi fundada em 1837 por Edward e Fleetwood Pellew Wilson, dois irmãos escoceses que abriram um negócio de serviços marítimos e carvão em Salvador, na Bahia.

Com uma receita líquida de cerca de R$ 1,3 milhões e caixa operacional (medido pelo Ebitda, lucro antes do pagamento de juros e amortizações) de R$ 563,3 milhões no primeiro semestre de 2024, nos últimos doze meses, a Wilson Sons opera em quatro eixos.

O principal deles é o de rebocadores, com 70 embarcações, a maior frota da América Latina. A companhia presta serviço de reboque na atracação de grandes embarcações nos portos, e atua no suporte de salvamento e suprimento de mantimentos e equipamentos para as plataformas de exploração de petróleo e gás.

Além disso, a Wilson Sons ainda opera dois terminais de contêineres, um em Rio Grande, no Sul do Rio Grande do Sul, e outro na capital baiana.

A compra da companhia brasileira vai expandir a operação da MSC no Brasil. No país, a empresa suíça é dona de um terminal do porto de Navegantes, em Santa Catarina, e de metade de um terminal no porto de Santos, numa joint venture com a Maersk.