BRASIL

Governo arrecada R$ 203 bilhões em setembro, recorde para o mês em toda a série histórica

Total de tributos arrecadados nos nove primeiros meses do ano foi de R$ 1,9 trilhão, também recorde histórico

Governo dará mais 6 meses para saque de dinheiro esquecido nos bancos - José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

A arrecadação de impostos e contribuições contabilizada pela Receita Federal atingiu R$ 203,169 bilhões em setembro. O valor, em termos reais (descontada a inflação do período), foi 11,61% maior do que o registrado no mesmo mês de 2023 e é o maior para setembro desde o início da série histórica, em 1995.

O total de tributos arrecadados nos nove primeiros meses do ano foi de R$ 1,9 trilhão, também recorde histórico. O total foi 9,68% superior ao período de janeiro a setembro de 2023.

De acordo com a Receita, o acréscimo observado no período pode ser explicado pelo comportamento das variáveis macroeconômicas, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação dos fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior. As cheias no Rio Grande do Sul também influenciaram nos cálculos do governo federal.

"O forte impacto do ritmo da atividade econômica se refletem no resultado da arrecadação" disse o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias.

Entre os destaques do mês de setembro, o Fisco destaca uma arrecadação de R$ 45,7 bilhões de PIS/Cofins, com aumento de 18,95%. O desempenho é explicado, principalmente, pela expansão das vendas e serviços.

A Receita Previdenciária apresentou uma arrecadação de R$ 54,.5 bilhões, com crescimento real de 6,29%. Esse resultado se deve ao crescimento real de 7,28% da massa salarial e à postergação do pagamento da Contribuição Previdenciária para os municípios do Rio Grande do Sul declarados em estado de calamidade pública, de junho para setembro/24.

O Imposto sobre Importação e o IPI-Vinculado à Importação apresentaram uma arrecadação conjunta de R$ 9.925 milhões, representando crescimento real de 44,35%. Esse resultado decorre, basicamente, dos aumentos reais de 20,23% no valor em dólar das importações, de 12,25% na taxa média de câmbio, de 14,79% na alíquota média efetiva do Imposto de Importação e de 4,24% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado.