Ouro fecha em alta com cautela sobre eleição nos EUA e tensões no Oriente Médio
O ouro para dezembro fechou em alta de 0,71%, a US$ 2.748,90 por onça-troy, na Comex
O ouro fechou em alta nesta quinta-feira, 24, permanecendo bem apoiado por seu status de porto seguro, dadas as tensões geopolíticas do Oriente Médio e a incerteza da próxima eleição presidencial dos EUA.
O ouro para dezembro fechou em alta de 0,71%, a US$ 2.748,90 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
O aumento da busca pelo ouro se deve a uma falta geral de apetite pelo risco antes das eleições presidenciais americanas, diz Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank. "O mundo está preocupado que uma possível vitória de Trump nas eleições possa prejudicar ainda mais o comércio internacional e aumentar as pressões inflacionárias globais. Isso proporciona um vento de cauda para o ouro, impulsionando seu apelo de demanda como refúgio seguro", comenta ela.
Segundo Terence Hove, da Exness, a flexibilização da política monetária pelos principais bancos centrais do mundo também contribui para a alta do metal precioso. Ainda assim, o ouro continua exposto a um dólar mais forte e ao aumento dos rendimentos do Tesouro dos EUA. Isso reflete as expectativas crescentes de que o Federal Reserve (Fed) pode adotar uma abordagem cautelosa em relação à flexibilização da política monetária, diz ele.
Por volta das 14h30 (de Brasília), o mercado ampliou a chance do Fed cortar juros em 25 pontos-base em novembro (95,1%), conforme ferramenta de monitoramento do CME Group. A probabilidade de manutenção das taxas era de 4,9%.
No Oriente Médio, as tensões geopolíticas continuam, mas, de acordo com o The Times, Israel adiou o ataque retaliatório ao Irã devido ao vazamento de informações militares potencialmente sensíveis dos EUA na semana passada.