Política

Alvo de busca e apreensão, deputado Gustavo Gayer questiona ação na antevéspera da eleição

Parlamentar diz que ação é para prejudicar o seu candidato a prefeito de Goiânia e afirma que não sabe o motivo pelo qual foi alvo

O deputado federal Gustavo Gayer - Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Alvo de uma operação de busca e apreensão nesta sexta-feira, o deputado federal Gustavo Gayer (PL) publicou um vídeo em uma rede social questionando a ação dois dias antes da eleição, que ocorre no próximo domingo.

O parlamentar está atuando ativamente na candidatura de Fred Rodrigues (PL), que disputa o cargo de prefeito contra Sandro Mabel (União), nome apoiado pelo governador Ronaldo Caiado (União).

— Dois dias antes das eleições de segundo turno, segundo turno o qual meu candidato participa em Goiânia, eu acordo às 6h da manhã com a minha porta sendo esmurrada pela Polícia Federal. Hoje sofri busca e apreensão da Polícia Federal a mando do Alexandre de Moraes. Inquérito sigiloso. O que eu sei até agora é que esse inquérito foi aberto no mês passado, dia 24 de setembro. Não dá para saber nada, não dá para ter nenhuma informação do que se trata — disse.

A PF investiga uma grupo suspeito de desviar recursos públicos oriundos de cota parlamentar e de falsificar documentos para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), entidade privada de interesse público.

Conforme investigação, a associação criminosa desviava os recursos públicos para uma organização.

Estão sendo cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília, Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Aparecida de Goiânia (GO), e Goiânia. A PF apreendeu R$ 72 mil em espécie na casa de um assessor do deputado.

A polícia aponta suspeita dos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato.

A investigação chegou a identificar a falsificação na Ata de Assembleia da constituição da OSCIP. O documento possuía data retroativa, o que faria com que o quadro social da organização fosse formado por crianças de 1 a 9 anos.