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Presidente egípcio propõe trégua de 2 dias em Gaza em troca da libertação de 4 reféns

Abdel Fattah al-Sissi disse que "nossos irmãos na Faixa [de Gaza] enfrentam uma violência muito severa"

Abdel Fattah al-Sissi, presidente do Egito, propôs trégua - Alexander Nemenov Pool/AFP

O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi anunciou, neste domingo (27), uma proposta de trégua de dois dias na guerra entre Israel e Hamas, que incluiria a libertação de quatro reféns e poderia abrir caminho para um "cessar-fogo total".

Sissi, cujo governo tem-se envolvido em esforços de mediação para acabar com a guerra em Gaza, propõe "dois dias de cessar-fogo" durante os quais "quatro reféns seriam trocados por alguns prisioneiros" mantidos nas prisões israelenses, disse Sissi em uma coletiva de imprensa no Cairo.

Isso antes do início das negociações que acontecem em 10 dias para garantir "um cessar-fogo completo e a entrada de ajuda" na Faixa de Gaza, acrescentou.

Sissi disse que "nossos irmãos na Faixa [de Gaza] enfrentam uma violência muito severa" que os colocou "à beira da fome".

"É muito importante que a ajuda chegue o mais rápido possível" para aliviar as necessidades humanitárias em Gaza, acrescentou Sissi.

A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, no qual 1.206 pessoas, a maioria civis, morreram pelas mãos de milicianos islamistas, que também capturaram 251 reféns, de acordo com um balanço feito com base em dados oficiais israelenses que inclui os reféns mortos em cativeiro.

Das pessoas sequestradas naquele dia, 97 ainda são mantidas em cativeiro em Gaza, mas 34 delas foram declaradas mortas pelo Exército israelense.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva em Gaza que já deixou 42.924 pessoas mortas, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

No início deste mês, as forças israelenses na Faixa de Gaza mataram o líder do Hamas, Yahya Sinwar, que as autoridades de Israel e dos Estados Unidos, bem como alguns analistas, consideravam um obstáculo para um acordo.