bolívia

Governo boliviano acusa Evo Morales de armar "teatro" com suposto atentado

O ex-presidente Morales afirma que seu carro recebeu 14 disparos

Ex-presidente da Bolívia, Evo Morales - Juan Mabromata/AFP

O governo boliviano acusou, nesta segunda-feira (28), Evo Morales de ter armado um "teatro" com o suposto atentado contra ele e destacou que os disparos ocorreram quando o ex-presidente tentou fugir de um controle antidrogas da polícia na região cocaleira de Chapare.

No domingo, o ex-presidente, de 65 anos, denunciou em um vídeo um ataque a tiros contra o veículo em que viajava.

Morales, que saiu ileso do suposto atentado, no qual seu motorista ficou ferido, culpou os agentes do governo de seu ex-ministro e atual presidente, Luis Arce, com quem está em conflito pela candidatura da esquerda para 2025.

"Senhor Morales, ninguém acredita no teatro que você armou, mas você terá que responder perante a Justiça boliviana pelo crime de tentativa de assassinato" contra um uniformizado, disse o ministro de Governo (Interior), Eduardo Del Castillo, em entrevista coletiva.

Segundo a autoridade, a polícia sinalizou a um dos veículos da caravana de Morales para que reduzisse a velocidade, mas o motorista ignorou a ordem.

"No entanto, em vez de reduzir a velocidade, aumentam a velocidade, sacam armas de fogo (…), disparam tiros de um veículo" contra os agentes, disse Del Castillo.

Um policial uniformizado ficou ferido ao ser atropelado por um dos veículos, segundo o ministro.

O ex-presidente Morales afirma que seu carro recebeu 14 disparos.