Síndrome do choque tóxico: americana desenvolve doença rara ao usar absorvente interno por 8 horas
Ashley DeSkeere, de 43 anos, passou 5 dias na UTI lutando por sua vida
Uma professora do Texas, nos Estados Unidos, ficou em estado grave após contrair uma infecção bacteriana rara devido ao uso prolongado do absorvente interno durante a festa de casamento de um amigo. Ashley DeSkeere compartilhou o caso na última semana ao site DailyMail.
Dois diais após o evento, a professora acordou com calafrios e muita náusea, vomitando a cada meia hora. Num primeiro momento, ela pensou que havia tido uma infecção alimentar por conta do que comeu no casamento, mas em três dias sua pressão arterial despencou e ela passou a ter dificuldade para respirar.
"Eu estava com muito medo. E disse ao meu marido que achava que ia morrer. Eu nunca me senti tão mal em toda a minha vida", revela Ashley, ao Dailymail.
Em crise, correu para o hospital. Após ser atendida, foi informada pelos médicos que havia desenvolvido uma condição raríssima que acomete 1 pessoa em 100 mil pessoas, chamada síndrome do choque tóxico (TSS), causada por manter o absorvente interno por oito horas consecutivas.
Os profissionais que atenderam Ashley disseram que ela teve sorte de sobreviver à infecção, revelou a americana, que é mãe de três filhos. Ela está em tratamento e a família abriu uma vaquinha online para ajudar no custeio dos medicamentos.
O que é a síndrome do choque tóxico
Mesmo rara, essa patologia é muito perigosa, pois causa a morte em 70% dos casos de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos.
Existem causas variadas para a síndrome do choque tóxico, mas todas estão relacionadas à presença das bactérias Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes no organismo do paciente, de acordo com a Rede D’or São Luiz.
As mulheres são as mais atingidas justamente pelo uso do absorvente interno. Deixá-los na vagina por longos períodos, enquanto a mulher está menstruada, pode criar um ambiente quente, o que estimula o crescimento de bactérias encontradas no sangue menstrual.
Os absorventes internos, especialmente os maiores, podem grudar nas paredes vaginais, causando pequenas abrasões pelas quais bactérias podem se infiltrar na corrente sanguínea.