Declínio natural impactou produção do terceiro trimestre, afirma presidente da Petrobras
"Foi declínio mesmo. Toda vez que a gente coloca algumas plataformas e no ano seguinte custa para colocar (em operação), a produção cai", disse a presidente da estatal
O declínio natural da produção dos campos da Petrobras foi a principal causa da queda registrada pela companhia no terceiro trimestre do ano, disse nesta terça-feira, 29, a presidente da estatal, Magda Chambriard, que prevê um quarto trimestre melhor que o terceiro e um gradual crescimento nos próximos anos com a entrada de novas plataformas e a recuperação de campos maduros.
Na segunda-feira, a Petrobras divulgou o seu Relatório de Produção referente ao terceiro trimestre do ano, quando registrou queda de 6,5% na produção de petróleo e gás natural na comparação com o ano passado.
"Foi declínio mesmo. Toda vez que a gente coloca algumas plataformas e no ano seguinte custa para colocar (em operação), a produção cai, por isso temos que estar sempre antecipando produção e colocando plataformas", disse Magda, após participar do 4º Brazilian Petroleum Conference, que está sendo realizado até o dia 31, no Rio de Janeiro.
"Este ano a gente tinha programado só uma plataforma no Plano Estratégico, mas estamos antecipando Maria Quitéria seis meses e Almirante Tamandaré três meses, isso vai dar um gás para produção e já vai começar no quatro trimestre, Maria Quitéria já está em ramp up", informou.
Além das duas unidades, também vai contribuir para o aumento da produção o FPSO Duque de Caxias, que junto com as outras duas FPSOs vai garantir a adição de cerca de 500 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) entre este ano e 2026.
Presente no evento, a diretora de Exploração e Produção, Sylvia Anjos, disse que além do declínio as paradas programadas tiveram impacto de menos 144 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) na produção de julho a setembro.