Exoesqueleto criado por universidade sul-coreana pode fazer paraplégicos caminharem; veja vídeo
Robô anda e se encaixa sozinho ao corpo do usuário, sem precisar de auxílio externo
Um grupo de engenheiros mecânicos da Universidade KAIST, na Coreia do Sul, faturou o terceiro lugar com um protótipo que promete fazer com que pessoas com dificuldades motoras voltem a caminhar, na competição Cybathlon, especializada em tecnologia para mobilidade, na Suíça. O grupo já havia lançado duas versões anteriores do equipamento WalkON Suit F1 em 2016 e em 2020, quando conseguiram aumentar a velocidade da máquina para 3,2 km/h.
Agora, a versão mais recente consegue caminhar até o usuário e se encaixar sozinha no corpo da pessoa, sem a necessidade de ajudas externas. A nova habilidade provê mais segurança ao utilizador, visto que esse consegue se manter sentado enquanto a máquina se instala em suas pernas, dando o apoio necessário para que a pessoa levante, sem riscos de quedas.
Desenvolvido há cerca de 10 anos pela equipe professor Kyoung-Chul Kong, do Departamento de Engenharia Mecânica, o equipamento ainda conta com um sistema de controle de peso que se ajusta à gravidade e faz com que o paciente não precise usar bengala de apoio.
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A máquina ainda tem reconhecimento de obstáculos para auxiliar o usuário nas caminhadas. O time sul-coreano foi o único capaz de realizar todas as provas da competição com sucesso.
“Eles completaram com sucesso missões, como mover-se por meio de passos laterais entre cadeiras estreitas, mover caixas, andar livremente sem ajuda de muletas, passar por uma porta estreita e fechá-la atrás e trabalhar na preparação de alimentos na cozinha em seis minutos e 41 segundos", diz a KAIST no comunicado.
A Cybathlon é conhecida popularmente como Olimpíadas Cyborg e reuniu 71 equipes de 26 países nesta terceira edição, com suas oito provas que incluem corrida de exoesqueleto, corrida de prótese de braço, corrida de prótese de perna e corrida de cadeira de rodas. O evento tem como objetivo incentivar o desenvolvimento de tecnologias assistivas para deficiências físicas.
Após a competição, as missões futuras são informadas aos competidores que poderão se dedicar pelos próximos quatro anos para cumprir as novas demandas. No final deste ano, apenas seis equipes chegaram à final, sendo elas Coreia do Sul, Tailândia, Alemanha, Holanda e Suíça.
“A maioria das equipes tem as habilidades para fazer atletas paraplégicos andarem, mas havia muitas outras tarefas difíceis, como fazê-los andar sem muletas ou usando as duas mãos, enquanto ficavam livres em ambas as pernas no exoesqueleto, para cortar um pedaço de bloco de esponja, como na imitação do processo de preparação de alimentos”, diz o comunicado da KAIST.