EUROPA

Governo britânico anuncia aumento de impostos de US$ 52 bilhões

Ministra também anunciou que o Office for Budget Responsability melhorou previsões de crescimento da economia britânica

Ministra Rachel Reeves: governo britânico anuncia aumento de impostos de US$ 52 bilhões - Paul Ellis/AFP

A ministra britânica das Finanças, Rachel Reeves, anunciou, nesta quarta-feira (30), "um aumento de impostos de 40 bilhões de libras" (52 bilhões de dólares), em sua apresentação do primeiro orçamento do novo governo trabalhista, devido ao "buraco" herdado do Executivo conservador anterior.

Reeves também anunciou que o Office for Budget Responsability (OBR) melhorou suas previsões de crescimento da economia britânica para os próximos anos, prevendo um aumento do PIB de 1,1% este ano (frente aos 0,8% previstos anteriormente) e de 2% em 2025 (1,9% anteriormente).

"Esse orçamento aumentará permanentemente a capacidade da economia, impulsionando o crescimento a longo prazo", disse Reeves em um discurso no Parlamento britânico.

Entre os aumentos de impostos, Reeves anunciou em particular o aumento das contribuições do empregador, cuja taxa subirá para 15%, que também será aplicada a rendas mais baixas do que antes, o que, de acordo com a ministra, representará 25 bilhões de libras (cerca de 32,46 bilhões de dólares) por ano até o final da legislatura.

A ministra das Finanças também anunciou um aumento no imposto sobre ganhos de capital, para 24% na alíquota mais alta, mas disse que o Reino Unido “sempre terá a menor alíquota de imposto sobre ganhos de capital de qualquer economia europeia do G7”.

“A única maneira de melhorar os padrões de vida e estimular o crescimento econômico é investir, investir, investir, investir”, anunciou Reeves, acrescentando que o país deve ‘restaurar a estabilidade econômica e virar a página dos últimos 14 anos’ de governos conservadores.

“Este governo recebeu um mandato para restaurar a estabilidade do nosso país e iniciar uma década de renovação nacional”, disse Reeves aos parlamentares, já que a popularidade do Partido Trabalhista está em seu nível mais baixo, de acordo com as últimas pesquisas.