DÍVIDAS

CCJ do Senado adia votação de PL que cria Refis de dívidas com autarquias

Pedido de adiamento foi feito por parte do líder do governo no Senado, Otto Alencar

CCJ do Senado adia a discussão e a votação de PL que cria um Programa de Regularização de Débitos não Tributários (PRD) junto às autarquias e fundações públicas. - Jefferson Rudy/Agência Senado

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado adiou nesta quarta-feira, 30, a discussão e a votação do projeto de lei que cria um Programa de Regularização de Débitos não Tributários (PRD) junto às autarquias e fundações públicas.

O texto estava na pauta da CCJ e houve pedido de vista (ou seja, adiamento) por parte do líder do governo no Senado, Otto Alencar (PSD-BA), que ocupa o posto enquanto o senador Jaques Wagner (PT-BA) está afastado por uma cirurgia.

"Combinei com o relator, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), e ele consentiu que fosse concedida vista para fazer um levantamento, uma análise do impacto financeiro da matéria. E depois nós vamos voltar para a apreciação dela", disse Otto, com a concordância pública, em seguida, de Nelsinho Trad, relator da proposta.

Com isso, o governo ganha tempo para analisar que tipo de impacto fiscal o projeto pode ter para o resultado do governo.

O texto foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no mês passado e agora tramita em caráter terminativo na CCJ - o que significa que, caso seja aprovado, não terá de passar pelo plenário.

A proposta permite que pessoas físicas e jurídicas renegociem débitos com autarquias e fundações públicas.

O relatório do senador Nelsinho Trad (PSD-MS) estabelece desconto de 80% dos juros de mora, de 100% das multas e de 100% dos encargos legais nos casos de pagamento das dívidas em uma única parcela. O texto, porém, permite o parcelamento em até 239 meses, com uma entrada de 10% da dívida e redução de 20% dos juros e das multas. O valor mínimo das prestações para pessoas físicas é de R$ 200 e, para pessoas jurídicas, R$ 1.000.