ARTE

Instituto Ploeg abre as portas no Recife como novo espaço de arte e cultura

Espaço conta com três ambientes de exposição permanente e duas áreas dedicadas a exposições temporárias, além de três ateliês e um auditório

Instituto Ploeg, na rua da Santa Cruz, no Bairro da Boa Vista. - Rafael Melo/Folha de Pernambuco

O Recife ganha um novo espaço de convergência para os amantes da arte. O Instituto Ploeg, fundado pelo artista visual Roberto Ploeg, abre as portas oficialmente na próxima quinta-feira (7) trazendo para a cidade um espaço multifuncional dedicado às artes plásticas. 

Localizado em um edifício histórico na rua da Santa Cruz, no Bairro da Boa Vista, o espaço conta com três ambientes de exposição permanente e duas áreas dedicadas a exposições temporárias, além de três ateliês e um auditório que poderão ser alugados para cursos, palestras e lançamentos.

Trajetória de arte
Roberto Ploeg, teólogo e artista plástico holandês, veio morar no Brasil na década de 1980 e, apaixonado pela cultura e arte pernambucana, se descobriu artista em Olinda. Ploeg define o instituto como um projeto que vai além de uma galeria. 

“O instituto também busca revitalizar o centro do Recife, com atividades culturais, e os próprios participantes dos cursos são co-criadores dessa experiência. Desde 1999 usamos essa casa para projetos educacionais e sociais, e agora estamos iniciando esse novo ciclo”, comentou o fundador.

Roberto Ploeg, teólogo e artista plástico holandês. Foto: Rafael Melo/Folha de Pernambuco.

O artista explica ainda que a ideia de criar o instituto, que leva o seu nome, não partiu dele. Mas sim, do ex-aluno e amigo, o arquiteto e artista plástico Luiz Rangel. Luiz visualizou o instituto como uma oportunidade de criar conexão entre o público local e a arte. 

“Para mim, a arte e a criação, seja na arquitetura, na pintura, na colagem, são a razão de viver. Trabalhar com o Proeg e com todo o grupo, quando fui aluno, foi transformador. Acredito que o trabalho coletivo nos permite alcançar novas dimensões, algo além do individual”, explicou Rangel.  

Exposição
O instituto inaugura com as exposições “Naturezas Mortas” e “Síntese do Irreal" de Luiz Rangel, que ocupa as duas áreas que serão destinadas a exibições temporárias. 

A série de obras de Ragel desenvolvida a partir da técnica de colagem, utilizando recortes de telas em tinta acrílica, explora a natureza e o espaço urbano. As telas, que contaram com a curadoria de Joana D'arc Lima, ficarão em exibição no Instituto Ploeg até o dia 30 de janeiro de 2025. 

O artista plástico Luiz Rangel. Foto: Rafael Melo/Folha de Pernambuco.

“Quando decidimos que o instituto teria um espaço para exposições, pensamos que seria ótimo ter alguém como ela que pudesse montá-las com uma narrativa, uma mensagem que vá além, e Joana D’arc tem uma capacidade incrível de fazer essa curadoria”, ressaltou Rangel. 

“Acredito que para ser um bom artista é essencial observar e compreender o que está ao nosso redor. É isso que buscamos aqui no instituto: treinar o olhar antes do fazer, ajudando os alunos a ver e recriar o que observam com uma imaginação criativa", finalizou Ploeg.