Tensão marca reta final da COP16, em Cali
As negociações nas negociações sobre como frear a devastação da natureza na COP16 anteciparam um teste para cardíaco na reta final do evento devido ao financiamento, afirmou, nesta quinta-feira (31), Susana Muhamad, presidente da conferência mundial que acontece na Colômbia.
As disputas entre países ricos e nações em desenvolvimento geraram tensão em um ambiente que há poucos dias era de excitação na maior conferência sobre biodiversidade já organizada, com registros de participação, em um clima festivo na cidade de Cali.
“Amanhã (sexta-feira) será uma plenária eletrizante, amanhã é a última plenária”, disse também o ministro do Meio Ambiente da Colômbia em uma coletiva de imprensa em Cali. Mas vários observadores anteciparam um fracasso.
O Marco Global da Biodiversidade de Kunming-Montreal chegou a um acordo para a atribuição de 200 bilhões de dólares (1,15 trilhão de reais) ao ano para a proteção da biodiversidade até 2030.
A quantidade deve incluir 20 bilhões de dólares (115 bilhões de reais) anuais dos países ricos para as nações pobres.
“É uma negociação muito complexa, com muitos interesses, de muitas partes (...) E isso implica que todos têm que ceder algo”, disse Muhamad.
A União Europeia chamou a atenção para as inundações devastadoras na Espanha, que deixaram pelo menos 158 mortos e são um lembrete dos efeitos catastróficos da destruição da natureza.
“Nesta COP temos a oportunidade de agir”, disse a Comissão Europeia, Florika Fink-Hooijer.