HOMENAGEM

Monumento inaugurado no Jaboatão homenageia Fábio Hazin e vítimas de incidentes com tubarões

Fábio Hazin teve uma carreira marcada pela dedicação à pesquisa marinha e veio a falecer aos 57 anos, em 2021, no Dia Internacional dos Oceanos

Monumento inaugurado em homenagem ao engenheiro e professor Fábio Hazin - Edílson Júnior/PMJG

Nesta semana, Jaboatão dos Guararapes inaugurou um monumento na orla de Piedade em homenagem ao engenheiro e professor Fábio Hazin e às vítimas de ataques de tubarão.

A obra, de autoria do artista Alex Mont’Elberto, conta com uma base de concreto e figuras marinhas sustentando duas velas em fibra de vidro e aço carbono.

"Fui inspirado pela fonte de seus estudos e pela sua atividade de navegador", explicou Alex Mont’Elberto.

Momento em que acontece a inauguração do monumento em homenagem ao engenheiro e professor Fábio Hazin - Foto: Edílson Júnior/PMJG

A cerimônia de inauguração contou com a presença do prefeito Mano Medeiros, que destacou o legado de Hazin como referência no estudo de tubarões, além de familiares, diretores da Qualimar Pescados e amigos.

Diretor da Qualimar Pescados, Pedro Duque foi aluno de Hazin.

"Sou engenheiro de pesca, pesquisador e foi ele quem me deu a primeira bolsa do CNPQ, que me permitiu chegar aqui", declarou, registrando que Fábio sabia da importância de se retribuir à sociedade o que ganhou.

Ao lado da mãe, Cyleda Hazin, a irmã do professor, Márcia Hazin, falou do privilégio de ter compartilhado a vida com Fábio, a quem chamou de companheiro e cúmplice.

"Ele fez a diferença na vida das pessoas,  porque ele amava e acreditava no que fazia", declarou.

Também participaram do evento a primeira-dama, Andrea Medeiros, a vice-prefeita eleita, irmã Babate, o diretor da Qualimar Marcelo Varela, vereadores municipais, representantes de órgãos ambientais e amigos de Hazin.

Pessoas próximas a Fábio Hazin presentes na cerimônia - Foto: Edílson Júnior/PMJG

Quem foi Fábio Hazin
Fábio Hazin teve uma carreira marcada pela dedicação à pesquisa marinha e faleceu aos 57 anos, em 2021, no Dia Internacional dos Oceanos, vítima da Covid-19, com 165 publicações científicas realizadas.

Professor das universidades UFPE e UFRPE, ele coordenou programas de conservação pesqueira e representou o Brasil em negociações internacionais para combate à pesca ilegal na FAO. Hazin também presidiu a Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT) e participou de projetos como o REVIZEE, voltado à avaliação dos recursos marinhos brasileiros.

A obra, localizada no Espaço Vida Marinha, celebra a contribuição de Hazin para a ciência e para a preservação ambiental, com palavras emocionadas de familiares e ex-alunos, que lembraram o impacto de seu trabalho e ensinamentos.