Americanos votam "pelo futuro da nação"
As filas nos locais de votação da costa leste sugeriam que muitos americanos haviam atendido aos chamados dos candidatos, de famosos e ativistas para cumprir com seu dever cívico
Os eleitores americanos ofereciam, nesta terça-feira (5), uma imagem que misturava ordem e nervosismo nos locais de votação dos Estados Unidos.
A natureza solene do processo contrastava com o intenso período de campanha, marcado por duas tentativas de assassinato contra o candidato republicano Donald Trump.
"Eu estava pensando no futuro desta nação e, francamente, do mundo livre", disse à AFP Brockett Within, um nova-iorquino de 65 anos, enquanto votava em uma seção eleitoral do East Village, em Nova York.
Na Geórgia, um dos sete estados-chave que decidirão o resultado da votação, Ludwidg Louizaire, de 27 anos, disse estar ciente do que está em jogo para o país nestas eleições.
"Acho que todos estamos de acordo que, aconteça o que acontecer hoje, a história será feita", declarou a vencedora do concurso Miss Geórgia deste ano.
"Para mim, o mais importante é a continuidade da nossa democracia", disse à AFP Ken Thompson, um pedreiro de 66 anos, na escola primária Edison, em Erie, Pensilvânia.
"Estados Unidos em primeiro lugar"
Em todo o país, os eleitores compartilharam com a AFP as questões que influenciaram suas decisões, frequentemente refletindo os principais temas da campanha, de imigração e direito ao aborto até a economia.
"Não precisamos de mais quatro anos de inflação alta e mentiras", disse à AFP Darlene Taylor, de 56 anos, em Erie, um condado da Pensilvânia, o maior e mais importante dos estados-pêndulo.
Vestida com uma camiseta feita em casa com os nomes de Trump e seu companheiro de chapa, J.D. Vance, ela disse que seu principal desejo era "fechar a fronteira" para os imigrantes.
"Estados Unidos em primeiro lugar, e (Kamala) Harris não vai apoiar isso", acrescentou Taylor, que afirmou viver de subsídios por invalidez.
Liz Orlova, uma jovem de 22 anos de Nova York, afirmou que o direito ao aborto estava "em primeiro plano" em sua mente enquanto votava em East Village.
Os juízes da Suprema Corte dos Estados Unidos nomeados por Trump votaram para revogar o direito federal ao aborto em 2022, um tema que Kamala se comprometeu a abordar caso seja eleita.
"É muito confuso que, em todo o país, as pessoas estejam perdendo esse direito em particular", disse Orlova.
"Muito mais gente"
Ambos os candidatos esperam contar com o apoio dos eleitorado jovem.
As filas nos locais de votação da costa leste, nas primeiras horas, sugeriam que muitos americanos haviam atendido aos chamados dos candidatos, de famosos e ativistas para cumprir com seu dever cívico.
"Tem muito, muito mais gente aqui do que nas últimas eleições", disse à AFP Marchelle Beason, de 46 anos, em Erie, depois de colocar um adesivo de "Eu votei".
Outros confessaram sentir alívio pelo fim dos anúncios políticos generalizados e da votação que manteve o país em suspense durante todo o ano
"Eu ficarei feliz quando terminar", disse à AFP em Nova York Guy Mills, de 62 anos.