Polícia prende dois envolvidos em esquema de fraude a empresa provedora de internet, em Olinda
Crime era cometido há 8 anos; mais de R$ 5 milhões em bens de investigados foram apreendidos
A Operação ‘Argos’, da Polícia Civil de Pernambuco, resultou na prisão de duas pessoas suspeitas de participação em um esquema de fraude a uma empresa provedora de internet, nesta quarta-feira (6), em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.
Além dos dois mandados de prisão, o trabalho resultou em oito mandados de busca e apreensão, no Recife, em Paulista e em Olinda.
A delegada Stephanie Almeida Araújo, adjunta da Delegacia de Repressão ao Estelionato (DRPE), disse, durante entrevista, que as denúncias partiram da própria empresa. O crime teria começado em 2016 e era liderado pelo gerente financeiro da empresa, que foi admitido naquela época. Ele é um dos presos na operação.
“A empresa apresentou uma notícia-crime ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), alegando possíveis desvios de mercadorias. Durante as investigações, a gente conseguiu mostrar que o crime não se tratava de um desvio, mas de fraude do sistema, por parte do funcionário que fraudava os boletos bancários”, explicou.
O que o funcionário fazia?
O gerente financeiro da organização vendia os equipamentos de internet a vários clientes e até mesmo a outras empresas por valores abaixo do normal e registrava no sistema da instituição um outro valor, ainda mais baixo. Foi durante as investigações, que começaram em julho de 2022, que os agentes policiais identificaram um esquema criminoso com diversos envolvidos.
Um sócio de uma das empresas mais beneficiadas pelo esquema criminoso também foi preso. Eles devem responder por associação criminosa, furto mediante fraude e lavagem de dinheiro.
Segundo a PCPE, foram apreendidos mais de R$ 200 mil, em espécie, além de três carros e equipamentos de internet. Os investigados tiveram R$ 5.809.210,42 em bens bloqueados.
“A investigação segue em continuidade. Vamos concluí-la na Delegacia de Estelionato e remeter o procedimento à Justiça”, concluiu a delegada Stephanie Almeida.
Os presos vão passar por audiência de custódia, para verificar a legalidade das prisões efetuadas na Operação Argos.