CEOs das Big techs se preparam para as políticas de Trump e cumprimentam pela vitória
Os líderes das grandes empresas de tecnologia vão tentar manter bom relacionamento com o líder americano na esteira do bilionário Elon Musk
O Vale do Silício está se preparando para um relacionamento muito diferente com o governo dos EUA, à medida que Donald Trump retorna à Casa Branca com promessas de reverter muitas das políticas de seu antecessor, enquanto Elon Musk se prepara para desempenhar um papel influente.
Na esteira do bom relacionamento que Musk deve manter com o presidente eleito, os CEOs das grandes empresas de tecnologia parabenizaram Trump pela vitória, ressaltando a importância de trabalhar com a nova administração.
Em relação à inteligência artificial, Trump prometeu anular uma ordem executiva do presidente Joe Biden, que visa estabelecer medidas de segurança para a tecnologia.
No campo antitruste, espera-se que a nova administração adote uma abordagem mais flexível na supervisão de fusões, enquanto no setor de semicondutores, o presidente eleito expressou reservas sobre um programa bipartidário que utiliza investimento governamental para aumentar a produção doméstica de chips.
Líderes da indústria podem ver uma repetição das relações tensas durante o primeiro mandato de Trump, quando ele entrou em conflito com alguns executivos de tecnologia, incluindo o fundador da Amazon.com, Jeff Bezos, e cultivou laços cordiais com outros, como o CEO da Apple, Tim Cook.
Desde que deixou o cargo, Trump tem reclamado que o Google, da Alphabet, suprime boas notícias sobre ele e acusou a Meta Platforms de bani-lo de forma injusta do Facebook e Instagram em 2021.
Trump teve o apoio de alguns dos maiores nomes da tecnologia, liderados por Musk, o homem mais rico do mundo, que investiu mais de US$ 130 milhões de seu próprio bolso em um super-PAC pró-Trump e em campanhas eleitorais republicanas para o Congresso.
Musk participou de um comício na Pensilvânia em apoio a Trump e usou sua propriedade do X — a rede social anteriormente conhecida como Twitter — para amplificar a mensagem do republicano para centenas de milhões de usuários.
A proximidade de Musk com o presidente eleito o posiciona de forma a influenciar políticas que afetam seus maiores empreendimentos, incluindo Tesla e SpaceX, o que pode deixar seus concorrentes nas indústrias de veículos elétricos e aeroespacial em desvantagem em contratos e na supervisão governamental.
Outros bilionários da tecnologia encontraram maneiras de melhorar sua relação com Trump. O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, chamou a resposta de Trump à tentativa de assassinato de 13 de julho de "impressionante", enquanto o Facebook removeu muitas de suas restrições destinadas a combater a desinformação.
O proprietário do Washington Post, Bezos, retirou o editorial do jornal que endossava a vice-presidente Kamala Harris, menos de duas semanas antes da eleição.
Quanto Trump poderá realizar como presidente dependerá de se os republicanos mantiverem o controle da Câmara. Eles já recuperaram o Senado dos democratas, o que facilita a confirmação de seus indicados.
Os líderes das big techs utilizaram suas redes sociais para cumprimentar Trump pela vitória.