Morte de Liam Payne: polícia mira amigo empresário, funcionário de hotel e traficante
Artista faleceu após cair de sacada do quarto em que estava hospedado, em Buenos Aires; antes, ele discutiu com mulheres que teria convidado por aplicativo de encontros
O empresário argentino amigo de Liam Payne, um funcionário da manutenção do hotel, onde estava hospedado o ex-vocalista do One Direction, e um traficante foram acusados de diversos crimes em relação à investigação da morte do artista britânico, ocorrida no dia 16 de outubro.
A acusação criminal contra o empresário que acompanhou o músico durante os dias que passou na Argentina foi a de "abandono de pessoa".
Nas últimas horas, a Justiça ordenou uma série de diligências ocorridas no hotel Palermo, na rua Costa Rica, onde o cantor morreu após cair da varanda do quarto que ocupava no terceiro andar. Também houve ações num campo de polo, localizado em General Rodríguez; em dois departamentos de Palermo, outro em Retiro e o restante em Abasto; em uma casa localizada em Tigre; em uma casa em Homero, em Lomas de Zamora, e em uma propriedade localizada em Ushuaia, em Altos de Isidro Casanova, no bairro de La Matanza.
As operações foram realizadas antes de o corpo de Payne ser levado em um voo da British Airways para o Reino Unido. A Justiça autorizou a entrega do cadáver na última sexta-feira, após a conclusão dos estudos toxicológicos e histopatológicos para determinar a causa da morte do artista. O avião com os restos mortais do cantor saiu atrasado devido à assembleia realizada pelo pessoal da empresa responsável pelo serviço de carga e bagagens do aeroporto de Ezeiza.
Segundo fontes da investigação, oito das nove casas em que houve diligências estão relacionadas com os três réus do processo que está sendo investigado no Juizado Penal e Correcional nº 34, presidido pela juíza Laura Bruinard.
Liam discutiu com mulheres antes de morrer
A decisão dos investigadores de identificar os responsáveis pelo fornecimento de drogas a Payne baseou-se nos resultados da autópsia que indicaram que o artista consumiu cocaína antes de se atirar do seu quarto no terceiro andar para o pátio interno do hotel.
A única operação realizada em um endereço que não pertence a nenhum dos três acusados foi na casa Ushuaia, em Altos de Isidro Casanova. Lá, em um prédio com sala que também é cozinha e quarto, morava L., uma das duas mulheres que estiveram com Payne horas antes de ele pular de uma altura de cerca de 15 metros.
Tanto L. quanto A. – iniciais dos primeiros nomes das duas mulheres – chegaram ao hotel, supostamente convidadas por Payne, por meio de um aplicativo de acompanhantes chamado “Gemidos”. De acordo com depoimentos de testemunhas, as duas mulheres queriam receber US$ 5 mil (R$ 28 mil) do artista, mas Payne se recusou a pagar. Assim surgiu uma discussão entre A. e L. com Payne, ele saiu da habitação e chegou à recepção.
Como ambas as mulheres se recusaram a sair sem receber pagamento, e porque Payne não quis pagar, um dos gerentes do hotel contatou o amigo do ex-vocalista do One Direction para enviar o dinheiro. Mas não houve resposta do empresário argentino. Assim, após mediação do gerente da recepção do hotel, L. e A. partiram.
Ambas as mulheres foram as últimas pessoas a ver Payne vivo e prestaram depoimento como testemunhas. Porém, uma delas aparece na mira dos investigadores judiciais porque não soube explicar se Payne a convocou ao hotel ou se foi um dos funcionários.
A situação dela ficou complicada porque na casa onde ela morava, em Altos de Isidro Casanova, os investigadores encontraram um pote com maconha. Após a morte de Payne, L. não regressou à residência. Foi constatado que ela passou pela casa de sua mãe, localizada na mesma área de La Matanza. Embora não tenha sido acusada formalmente, a polícia está no encalço da mulher devido a uma série de contradições durante o depoimento.