Liam Payne

Justiça argentina diz que Liam Payne consumiu álcool, cocaína e antidepressivo antes de sua morte

Em comunicado, Ministério Público do país informa que resultados dos exames toxicológicos já foram informados à sua família

Liam Payne - Tolga Akmen/AFP

A Justiça argentina informou na tarde desta quinta-feira (7), que, segundo resultados de exames toxicológicos, Liam Payne havia consumido álcool, cocaína e um antidepressivo antes de morrer ao cair da varanda de seu hotel em Buenos Aires, no mês passado.

"Os resultados dos exames toxicológicos - já informados à sua família - revelaram que, nos momentos anteriores à sua morte e no período de pelo menos suas últimas 72 horas, Payne só apresentava em seu corpo vestígios de um consumo múltiplo de álcool, cocaína e um antidepressivo prescrito", diz a nota, publicada pelo Ministério Público.

O ex-integrante do One Direction morreu em 16 de outubro aos 31 anos por "múltiplos traumas" e "hemorragia interna e externa", atrás da varanda de sua habitação no terceiro andar do hotel Casa Sur, no bairro de Palermo.

"Payne não estava plenamente consciente ou atravessou um estado de diminuição notória ou abolição da consciência no momento da queda", informa o comunicado. Mais cedo, três pessoas foram indiciadas, segundo o comunicado.

Um empresário argentino, amigo de Liam Payne, é acusado pela Justiça argentina por "abandono de pessoa", como apontam os laudos preliminares da investigação acerca da morte do ex-vocalista da banda britânica One Direction.

Um funcionário do hotel onde estava hospedado o cantor — que morreu, aos 31 anos, em outubro, após cair da varanda do quarto, em Buenos Aires — e um traficante de drogas também receberam acusações por diferentes crimes e estão na mira da Justiça. Na manhã desta quinta-feira (7), policiais iniciaram uma série de buscas.

A Justiça ordenou mandados de busca e apreensão no hotel em que Liam Payne se hospedou — no bairro de Palermo, na rua Costa Rica —; num campo de polo equestre localizado na cidade de General Rodríguez, na Grande Buenos Aires; em dois apartamentos em Palermo, outro em Retiro e um no Abasto; numa casa em Tigre; numa residência no município de Lomas de Zamora; num imóvel na cidade de Ushuaia; e numa casa em La Matanza.

A operação aconteceu um dia antes de os restos mortais de Liam Payne serem enviados para a Grã-Bretanha. A Justiça autorizou a entrega do corpo na última sexta-feira (1º), após a conclusão dos exames toxicológicos e histopatológicos que determinaram a causa da morte do artista. O voo com o corpo do cantor sofreu um atraso devido a uma assembleia do pessoal da empresa responsável pelo serviço de cargas e bagagens no Aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires.

Funcionário e traficante proibidos de deixar o país
A situação é diferente para o funcionário de manutenção do hotel e o suposto traficante de drogas. Ambos foram acusados por fornecimento de substâncias ilícitas. Por se tratar de um crime mais grave, a Justiça proibiu que eles deixassem o país.

Esse funcionário foi acusado de ser o fornecedor da droga consumida pelo artista no dia de sua morte. A substância teria sido fornecida por um traficante da cidade de Lomas de Zamora. Durante a busca na casa e no hotel, os investigadores vasculharam o armário do funcionário e apreenderam anotações que o comprometem, além de números de telefone.

As buscas realizadas pela juíza Bruinard resultaram na apreensão de um frasco com maconha, nove celulares, três computadores pessoais e dois dispositivos de armazenamento eletrônico portátil.