BRASIL

PF faz operação para investigar divulgação de vídeos íntimos de candidato em MT

Eric Fantin concorreu ao Executivo municipal de Brasnorte, mas saiu derrotado por prefeito reeleito

andidato do PL à Prefeitura de Brasnorte (MT), o delegado Eric Fantin - Divulgação

A Polícia Federal (PF) fez uma operação nesta sexta-feira para investigar a divulgação de vídeos íntimos do delegado Eric Fantin (PL), que foi candidato a prefeito do município de Brasnorte, no interior do Mato Grosso. As autoridades cumprem quatro mandados de busca e apreensão na cidade e na capital do estado, Cuiabá. Em setembro, um suspeito já havia sido preso, acusado de ter participado da distribuição dos vídeos.

Durante a ação da PF nesta manhã, foram apreendidos na residência de um dos investigados três celulares, uma pistola, várias munições e uma quantia de R$ 100 mil em espécie. Em entrevista ao Globo, Fantin diz estar "profundamente satisfeito com a atuação tanto do Ministério Público Eleitoral quanto da Justiça Eleitoral" pela investigação do caso e afirma que acredita que "a responsabilidade criminal vai chegar para todos os envolvidos".

 

A investigação apura a produção e divulgação de um vídeo íntimo do então candidato, gravado sem o seu consentimento em um quarto de motel. Segundo Fantin, a mulher com quem ele se relacionava nas imagens teria recebido dinheiro de adversários políticos para gravá-lo clandestinamente. Ao GLOBO, ele alega ter sido vítima de uma armação de opositores, que buscavam convencer o partido a abandonar sua candidatura no município.

Com a repercussão negativa do caso, a vice na chapa de Eric Fantin, Terezinha Seibt (PSB), desistiu da candidatura. A direção estadual do PL também solicitou a abertura de uma investigação para apurar a conduta do candidato. O delegado saiu derrotado por Edelo Ferrari (União), prefeito reeleito no município de 20 mil habitantes.

Suspeito preso por divulgação dos vídeos
Após a abertura de um inquérito pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Eleitoral, as autoridades conseguiram identificar um cabeleireiro suspeito de ter editado e compartilhado em grupos de WhatsApp. Ele foi preso em flagrante em setembro e acusado de ter praticado crimes previstos no Artigo 218-C do Código Penal, que trata da divulgação não autorizada de cenas de sexo, além do Artigo 325 do Código Eleitoral, que aborda a difamação eleitoral.

Um novo suspeito foi preso em flagrante na operação da manhã desta sexta-feira em decorrência de uma arma de fogo encontrada em sua residência durante a busca e apreensão. Uma nova investigação foi aberta para apurar a origem de quantia de R$ 100 mil, também encontrada no local.