Após doar mais de R$ 500 milhões para a campanha, Musk deve liderar um órgão no governo de Trump
Durante o pleito, o bilionário também sugeriu ao presidente eleito a nomeação de funcionários de sua empresa de foguetes para postos estratégicos
Após Donald Trump ser eleito presidente dos Estados Unidos, Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, que doou mais de R$ 500 milhões para a campanha republicana, pode ser nomeado chefe de uma comissão de eficiência governamental. Durante o pleito, o bilionário também sugeriu a Trump a nomeação de funcionários de sua empresa de foguetes para postos estratégicos, incluindo no Departamento de Defesa — um dos principais clientes da SpaceX.
Ao longo da campanha, o republicano manifestou-se positivamente sobre o empresário, chegando a dizer que Musk é “tão inteligente quanto se pode ser”.
Em agosto, Musk sugeriu a criação de uma “comissão de eficiência governamental” durante uma live com Trump no X (antigo Twitter), com o objetivo de reduzir gastos e aumentar a transparência na administração federal. O então candidato, na ocasião, aprovou a ideia.
A relação entre Trump e Musk nem sempre foi amistosa. Anteriormente, o dono da Tesla chegou a dizer que o republicano deveria "desaparecer no pôr do sol" e apoiou o governador Ron DeSantis, da Flórida. No entanto, a aliança com Trump parece ter encontrado terreno comum na busca por eliminar gastos considerados desnecessários.
Em 3 meses: Musk e outros grandes doadores injetaram R$ 1,2 bilhão em grupos de campanha pró-Trump
A nomeação de Musk para uma posição de liderança na possível “comissão de eficiência” tem gerado discussões sobre possíveis conflitos de interesse, uma vez que empresas como Tesla e SpaceX mantêm contratos de relevância com o governo americano. Em 2022, só essas duas companhias firmaram quase 100 acordos com 17 agências federais, no valor total de aproximadamente R$ 17,1 bilhões.
Em sua rede social, Musk manifestou-se sobre seu compromisso com o país: “Estou disposto a servir os EUA se a oportunidade surgir. Sem pagamento, sem título, sem reconhecimento”.