Grande parte de Cuba recupera eletricidade após passagem do furacão Rafael
Os técnicos da companhia elétrica trabalharam para levantar postes e substituir cabos e transformadores danificados
A grande maioria das províncias cubanas recuperou o serviço de eletricidade nesta sexta-feira (8), dois dias depois de o furacão Rafael ter atingido o oeste do país, deixando-o na escuridão, sem relatos de mortes, mas com danos materiais consideráveis, informaram as autoridades.
Na manhã desta sexta-feira, as autoridades anunciaram que treze das quinze províncias do país estavam "interconectadas" ao sistema elétrico nacional, exceto as províncias ocidentais de Artemisa, as mais afetadas por Rafael, e Pinar del Río.
"Estamos trabalhando nas províncias ocidentais para limpar circuitos, erguer postes e linhas de energia", disse a Presidência na rede X.
Os técnicos da companhia elétrica trabalharam para levantar postes e substituir cabos e transformadores danificados em Havana e nas províncias vizinhas de Artemisa, Mayabeque e Pinar del Río.
Em Havana, onde vivem dois milhões de pessoas, 17% da população tinha eletricidade. Grande parte dos habitantes da capital continua sem alguns abastecimentos, como gás e água.
Rafael atravessou a ilha de sul a norte na quarta-feira com ventos fortes de até 185 km/h durante mais de duas horas, antes de entrar no Golfo do México, onde deverá perder força até morrer, segundo as últimas informações do Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos.
A violência dos ventos provocou o colapso do sistema elétrico da ilha, antes mesmo de Rafael tocar o solo.
Rafael atingiu Cuba somente duas semanas após a chegada do furacão Oscar, no leste da ilha. Cuba já havia sofrido em 2022 outro apagão generalizado.
A embaixada da Rússia anunciou nesta sexta-feira, durante uma visita a Havana do vice-primeiro ministro russo, Dmitry Chernishenko, que Moscou enviou 80 mil toneladas de diesel e equipamentos no valor de 62 milhões de dólares para ajudar a ilha a enfrentar a escassez energética.
Com apagões recorrentes, a ilha sofreu nos últimos dois anos com a queda das importações de petróleo oriundas da Venezuela, principal aliado na região. Parte de seus equipamentos de geração de eletricidade precisa desse combustível para funcionar.
Já suas termelétricas, algumas com mais de 40 anos, falham frequentemente devido ao estado de degradação em que se encontram.