Líder de "Gangue do Rolex" é preso em Jaboatão; Leo Dias pode estar entre vítimas
Jornalista foi alvo de criminosos com o modus operandi no final de setembro, no bairro de Boa Viagem. Com homem, polícia apreendeu quatro relógios
O líder de uma organização criminosa especializada em roubar relógios de luxo, conhecida como "Gangue do Rolex", foi preso no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR).
A Polícia Civil de Pernambuco informou, nesta segunda-feira (11), que a prisão aconteceu em um flat na última quinta-feira (7).
Com o homem, de 35 anos, foram encontrados quatro relógios Rolex, avaliados em R$ 150 mil cada, e uma motocicleta. Ele tem antecedentes criminais no Paraná e em Santa Catarina.
O jornalista Leo Dias, do programa "Fofocalizando", do SBT, pode ter sido alvo do bando, no final de setembro, segundo a polícia.
Ele teve um Rolex roubado enquanto passava pelo bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Na ocasião, o jornalista fez um apelo às autoridades para recuperar o item.
A polícia também falou que a quadrilha atua em âmbito interestadual e já praticou ações semelhantes em várias capitais brasileiras, incluindo o Recife.
A operação que resultou na prisão do chefe foi batizada como "Cartada Final", tendo sido deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, com apoio operacional da Polícia Civil de Pernambuco.
O mandado de prisão preventiva contra ele, que não teve a identidade revelada, foi expedido pela 7ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), em Brasília.
A operação também cumpriu oito mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão, em Pernambuco, no Distrito Federal e em São Paulo.
Quadrilha era estruturada
A Polícia Civil disse que a "Gangue do Rolex" atua de forma organizada e itinerante em várias capitais, especialmente em áreas nobres e de alto poder aquisitivo.
O grupo segue um modus operandi específico, no qual a estrutura é dividida em funções específicas.
O olheiro identifica as vítimas e os executores são os responsáveis por roubá-las de maneira rápida e violenta. Geralmente, usam motocicletas com placas adulteradas.
Os relógios roubados são encaminhados para uma rede de receptadores, que tem ligações internacionais, o que dificulta a recuperação dos bens.
"Dois dos integrantes do grupo, residentes no Distrito Federal, foram identificados como peças-chave para o suporte logístico da quadrilha, oferecendo hospedagem, fornecimento de motocicletas e armamentos aos comparsas oriundos de Taboão da Serra (SP). Esses criminosos utilizavam constante comunicação via aplicativos de mensagens para coordenar suas ações em tempo real, permitindo abordagens abruptas e intimidadoras das vítimas, sempre com o uso de armas de fogo. Muitos dos roubos ocorreram enquanto as vítimas estavam paradas em semáforos, o que aumenta o risco de situações potencialmente trágicas caso haja resistência", esclareceu a Polícia Civil do Distrito Federal.