Welder Rodrigues: ator descobre diabetes aos 54 anos após cirurgia no coração; saiba os sintomas
Artista diz que sentia dormência nas extremidades, mas sempre achou que era porque estava trabalhando muito
O humorista Welder Rodrigues, 54 anos, compartilhou em suas redes sociais no início do mês que realizou uma cirurgia no coração pós descobrir que estava com duas artérias coronárias entupidas. A surpresa, porém, foi que o artista também descobriu que ele tinha diabetes.
"Eu não sabia que tinha e comia açúcar de uma forma desesperada. Do lado do computador tinha um pote de jujuba. Eu estava comendo torrões de açúcar 24 horas", diz em entrevista ao Fantástico.
Ele conta que sentia dormência nas extremidades, mas sempre achou que era porque estava trabalhando muito. Na época, ele gravava as últimas cenas do personagem prefeito Sabá Bodó, da novela No Rancho Fundo.
"Recalculei com certeza em relação à alimentação, cheguei em casa no dia que eu soube que estava diabético, fui ao armário das guloseimas e fiz um ritual lixo. Sabe quando você faz um ritualzinho? Joguei tudo no lixo", comenta.
O que a diabetes pode causar?
Se não for controlado, o aumento das taxas de açúcar no sangue provocado pela doença pode levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos.
No Brasil, segundo a última pesquisa Vigitel, em 2020, do Ministério da Saúde, 7,4% da população brasileira tem diabetes, o que equivale a 15,5 milhões de pessoas.
Há dois tipos de diabetes mais comum (tipo 1 e o tipo 2). A primeira geralmente surge na infância ou na adolescência e está associada a uma alteração no sistema imunológico que o leva a atacar as células beta, responsáveis por sintetizar e secretar o hormônio insulina.
Já o diabetes tipo 2 é o mais comum entre os pacientes com diagnóstico da doença, representando cerca de 90% dos casos. Ela aparece geralmente na fase adulta e é consequência de um mau funcionamento da insulina produzida pelo corpo. Com isso, o pâncreas passa a produzir uma maior quantidade do hormônio para tentar manter a glicose em níveis normais. No entanto, quando isso não é mais possível, é desenvolvida a diabetes.
Quais são os sintomas da diabetes tipo 1?
No caso da diabetes tipo 1, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) aponta que são também sintomas a fome excessiva e a perda de peso. Caso o tratamento não seja iniciado, os sintomas podem evoluir para uma desidratação severa, sonolência, vômitos e dificuldades respiratórias.
Quais são os sintomas da diabetes tipo 2?
Já para os pacientes com diabetes tipo 2, a SBEM destaca o aumento de peso e a obesidade como sintomas. Além disso, de acordo com o Ministério da Saúde, infecções frequentes, dificuldades na cicatrização de feridas, formigamento nos pés e furúnculos também podem ser sinais.
Ao apresentar sintomas, especialistas recomendam que o paciente procure ajuda médica imediatamente para que o diagnóstico seja feito e, se for o caso, o tratamento possa ser iniciado.
Quais são os tratamentos indicados para a diabetes?
Por não haver cura, o tratamento da diabetes é focado no controle dos sintomas e na estabilização dos níveis de glicose no sangue. As terapias variam de acordo com cada tipo, e com o quadro da doença, e podem envolver a aplicação de insulina, ou não. Por isso, o acompanhamento médico é indispensável para o diagnóstico correto e o tratamento devido.
Tratamento para diabetes tipo 1
Para o paciente com diabetes tipo 1, a reposição de insulina é necessária na maioria dos casos. Segundo especialistas, há dois tipos: a insulina de ação mais prolongada e uma insulina de ação rápida ou ultrarrápida.
Tratamento para diabetes tipo 2
Já para tratar a diabetes tipo 2, o médico precisa avaliar o quadro do paciente. Em alguns casos, a mudança na rotina para hábitos mais saudáveis, com a prática de atividades físicas e a adoção de uma dieta balanceada, é suficiente para estabilizar a taxa de açúcar na corrente sanguínea.
No entanto, podem ser prescritos também medicações como antidiabéticos, que buscam regular a glicose, ou até mesmo a aplicação de insulina em casos mais graves.