Fila do INSS sobe e chega a quase 1,8 milhão; aumento em três meses é de 33%
Dados não eram divulgados desde junho, antes da greve dos servidores
A fila do INSS voltou a subir. Em junho, totalizava 1,353 milhão de pedidos aguardando resposta. Em setembro, o número aumentou par a 1,798 milhão. Em três meses, a fila cresceu 32,9%, um acúmulo de 445 mil requerimentos de benefícios.
Do total, os processos que dependem somente da análise do INSS e da perícia médica alcançaram quase 1,5 milhão. O restante são pendências relativas a documentos a serem apresentados pelos segurados. Procurada, a assessoria de imprensa do INSS ainda não respondeu.
Os dados constam do Boletim Estatístico da Previdência Social (Beps). Os números detalhados da fila deixaram de ser divulgados pelo INSS no Portal da Transparência em junho.
Entre junho e setembro, os atrasos com mais de 45 dias passaram de 541,2 mil para 705 mil.
O plano do ministro da Previdência, Carlos Lupi, era reduzir o prazo de espera na fila até o final deste ano para 30 dias em média. Em junho, o tempo médio de concessão estava em 39 dias e em setembro, passou para 41 dias.
Um dos motivos do crescimento da fila pode ter sido a greve dos servidores do INSS e médicos peritos. A instabilidade no sistema também atrasa a concessão dos benefícios.