Jornada 6x1

Ex-ministro de Bolsonaro, Ciro Nogueira critica PEC contra escala 6x1

Presidente do PP afirma que "não se cria riqueza com decreto", mas sim com desenvolvimento

A discussão sobre o fim da jornada de trabalho 6 por 1 começou a partir de uma articulação nas redes sociais pelo balconista Rick Azevedo - Elaine Menke/Câmara dos Deputados

Ex-ministro do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Ciro Nogueira (PP-PI) se posicionou contra à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa acabar com a jornada de trabalho de seis dias.

Em vídeo divulgado em uma lista de transmissão, o presidente do PP afirmou que "dizer que (o projeto) é viável é mentir para a população".

"É uma ideia tão boa como, por exemplo, aumentar o salário mínimo para R$ 10 mil. Quem pode ser contra? Agora, dizer que é viável no Brasil de hoje é mentir para a população ", disse Nogueira.

O parlamentar afirma que "não se cria riqueza com decreto", mas sim com desenvolvimento.

A discussão sobre o fim da jornada de trabalho 6 por 1 começou a partir de uma articulação nas redes sociais pelo balconista Rick Azevedo. No ano passado, ele publicou um vídeo no TikTok onde falava do esgotamento com o trabalho numa farmácia.

A publicação viralizou e mobilizou trabalhadores, com 1,4 milhão de assinaturas no o Movimento VAT (Vila Além do Trabalho). Nas eleições deste ano, Azevedo acabou se tornando o vereador do Rio mais votado pelo PSOL, sendo o 12º na colocação geral no pleito.

A ideia ganhou o apoio da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que no dia 1º de maio, o Dia do Trabalhador, apresentou no Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que sugere a redução das horas de trabalho.

Pela legislação em vigor, a carga horária de trabalho no Brasil prevê um expediente de até oito horas diárias e 44 horas por semana. Erika Hilton propõe que o limite caia para 36 horas semanais, sem alteração na carga máxima diária de oito horas e sem redução salarial.