Policiais usaram cão farejador para encontrar explosivos em casa alugada por homem-bomba
Francisco Wanderley jogou explosivos na Praça dos Três Poderes na noite de quarta-feira e morreu no local
A Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) usou dois cães farejadores para encontrar explosivos que estavam na casa do homem que acionou bombas na Praça dos Três Poderes e no estacionamento em um dos anexos da Câmara dos Deputados.
Francisco Wanderley, de 59 anos, morreu na praça, em frente ao Supremo Tribunal Federal, após jogar dois explosivos contra a estátua da Justiça e explodir um terceiro junto ao seu corpo.
Policiais foram a sua casa ainda na noite de quarta-feira, em Ceilândia, cidade satélite de Brasília que fica a 32 quilômetros da praça. No local, usaram um cão farejador para encontrar artefatos. Foram encontrados dois explosivos, segundo a PM.
Na Praça dos Três Poderes e imediações, a PM desativou oito bombas, duas estavam junto com Francisco.
Em entrevista nesta quinta-feira, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, falou sobre os artefatos na casa do homem.
— Ele sabia que policiais iam na sua residência e ele deixou lá um artefato para matar os policiais que ingressaram a sua residência — afirmou.
O diretor disse que uma hipótese em investigação para o ataque é de terrorismo e que há "indícios" de planejamento de longo prazo. Para Rodrigues, os elementos obtidos até o momento indicam que a ação foi pensada ao longo de meses.
— Há indícios de planejamento de longo prazo. Ele já esteve em Brasília outras vezes, inclusive no começo de 2023. Não foi uma coisa pensada de um dia para o outro. No vídeo, a pessoa fala das idas e vindas a Brasília. Havia toda uma preparação e esses elementos que nos apontam para a radicalização dessas pessoas. Eles vão às redes sociais, que hoje são terra de ninguém. De fato, foi uma ação premeditada — disse.