SAÚDE

Vitiligo: além da candidata do Miss Universo, conheça três famosos que convivem com a condição

O vitiligo é caracterizado pela perda da coloração da pele, em virtude da destruição dos melanócitos, que são as células que formam a melanina

Logina Salah, Natália Deodato e Renato Góes convivem com vitiligo - Reprodução/Instagram-Divulgação-Globo/João Cotta

73ª edição do Miss Universo acontece hoje na Arena CDMX, na Cidade do México, capital do país. Este ano, o evento tem algumas mudanças entre as 130 mulheres que disputam a coroa. Além da faixa etária, que agora podem se candidatar mulheres acima dos 28 anos (muitas delas são mães), está a presença, pela primeira vez, de uma modelo com vitiligo: Logina Salah, do Egito.

O vitiligo é caracterizado pela perda da coloração da pele, em virtude da destruição dos melanócitos, que são as células que formam a melanina, o pigmento que dá cor à pele. O resultado são manchas brancas pelo corpo, de tamanhos variados.

As causas da doença ainda não são totalmente conhecidas, mas a genética, exposição solar ou química, alterações autoimunes, condições emocionais de estresse e traumas psicológicos podem desencadear o surgimento ou agravamento do vitiligo.

 

Segundo especialistas, os maiores transtornos por que passam os portadores de vitiligo não são físicos, mas psicológicos —como baixa autoestima, pouca qualidade de vida e retração social—, por conta do preconceito que costumam sofrer. E, por isso, é tçao importante a participação de uma modelo com a condição em um evento que exalta a beleza de mulheres de todas as nações do mundo.

Potência antioxidante, melhoria da memória e descanso reparador: conheça chá que promete boas noites de sono

Além de Salah, há outras celebridades que convivem com a condição e falam abertamente sobre; confira alguns:

Renato Góes
O ator afirmou em entrevistas que começou a terapia após descobrir que tinha vitiligo com 13 anos. "Me ensinou a lidar com o problema, que está intimamente ligado às emoções", disse em entrevista à revista Poder.

Durante o programa de entrevistas de Fábio Porchat, "Que história é essa, Porchat?", o ator contou que por conhecer a doença desde a adolescência, reconheceu um assaltante que tinha a mesma condição.

“Eu tenho vitiligo. Então, sempre percebi, reparei muito em manchinhas. Sempre fez parte da minha vida. Percebi que o cara (que o tinha assaltado) tinha uma manchinha aqui (em vídeo, o ator aponta para perto da bochecha), marrom”, afirmou.

Natália Deodato
A ex-BBB foi diagnosticada com vitiligo aos 9 anos. Em entrevista ao GShow, ela afirmou que o processo de adaptação dela foi “péssimo” e que ela não aceitava a condição.

“Foi um período muito difícil. Tive depressão e não me aceitava. A terapia me ajudou muito nesse processo de autoaceitação. Graças a Deus, hoje estou aqui, bem, com uma carreira estabilizada e servindo de exemplo para outras meninas que me acompanham.”

Como a pele afetada é muito sensível ao sol, a ex-BBB não descuida do protetor solar. Mantê-la hidratada também é essencial. “Tenho consultas regulares com um dermatologista para monitorar a condição e seguir as recomendações médicas apropriadas.”

Por ser uma doença autoimune, o estresse é um dos fatores que pode agravar o vitiligo.

Segundo especialistas, os pacientes que sofrem com o transtorno precisam ter um acompanhamento médico e psicológico para não deixar as manchas virarem o centro da sua vida, prevenir novas lesões e garantir efeitos positivos nos resultados do tratamento.

Luiza Brunet
A atriz e modelo diz que foi diagnosticada com a doença desde os 2 anos de idade e que já fez tratamentos alternativos, mas que não viu grandes resultados. “Como tem a ver com imunidade baixa, o ideal é ter uma vida tranquila, equilibrada. Só que sou um pouco mais estressada do que o normal. Então, quando se tem picos de nervoso, a doença dá uma deflagrada absurda”, afirmou em entrevista ao EXTRA.

David Lynch: diretor, diagnosticado com enfisema pulmonar, precisa de oxigênio para andar; entenda a doença

Segundo ela, suas manchas se concentram mais nas mãos, nos pés, joelhos e cotovelos. “Posso ter uma vida saudável, sexualmente maravilhosa, sem focar na doença”, afirma Luiza.

Tipos de vitiligo

Focal: poucas lesões pequenas em uma área específica.

Mucosal: somente nas mucosas, como lábios e região genital.

Segmentar: lesões que se distribuem unilateralmente, ou seja, em apenas uma parte do corpo.

Acrofacial: nos dedos e em volta da boca, dos olhos, do ânus e dos genitais.

Comum: no tórax, abdômen, pernas, nádegas, braços, pescoço, axilas, além das áreas acometidas pela acrofacial.

Universal: manchas por quase todo o corpo.