Ataque na China

Ataque com faca deixa 8 mortos e 17 feridos em escola na China; suspeito é estudante de 21 anos

O ataque aconteceu na província de Jiangsu

Oito pessoas morreram esfaqueadas e 17 ficaram feridas neste sábado (16), em uma escola no leste da china - Reprodução/Internet

Oito pessoas morreram esfaqueadas e 17 ficaram feridas neste sábado em uma escola profissionalizante no leste da China, informou a polícia, que atribuiu o ataque a um estudante frustrado por ter sido reprovado nos exames de graduação.

O ataque aconteceu no final da tarde no Instituto Profissional de Arte e Tecnologia de Wuxi, na província de Jiangsu, segundo a polícia da cidade de Yixing, cenário da tragédia.

Trata-se do segundo ataque ocorrido na China em menos de uma semana, após um veículo atropelar uma multidão na segunda-feira, no sul do país, deixando 35 mortos.

"Às 18h30 (7h30 de Brasília), aconteceu um ataque com arma branca no Instituto Profissional de Artes e Tecnologia de Wuxi, que deixou oito mortos e 17 feridos", afirmou a força de segurança em um comunicado.

O suposto autor do massacre, um estudante de 21 anos do estabelecimento, foi "detido no local".

O suspeito, frustrado "por ter sido reprovado nos exames de graduação e insatisfeito com a remuneração de seu estágio, voltou à escola para mostrar sua irritação e cometer os assassinatos", afirma o boletim policial, segundo o qual o jovem "confessou tudo".

O centro educacional, que conta com cerca de 12.000 inscritos segundo seu portal, está localizado cerca de 150 quilômetros a leste de Xangai, a capital econômica e financeira da potência asiática.

Recebe estudantes de todo o país e oferece diversos cursos de formação, especialmente em arte, design, cerâmica e moda.

“Desespero”
Os serviços envolvidos "estão plenamente mobilizados para atender os feridos, lidar com as consequências da tragédia e conduzir a investigação sobre este caso", informou a polícia.

Até o momento, nenhum vídeo do incidente circulava nas redes sociais, mas muitos internautas se declararam chocados com a ocorrência de dois ataques em massa em tão poucos dias.

"Em que estado de desespero essas pessoas devem estar para chegar a esses extremos?", questionou um usuário da rede social chinesa Weibo.

A censura chinesa mostra sinais de intensa atividade no controle de comentários no Weibo, especialmente aqueles feitos pelos seguidores das contas de veículos oficiais.

A conta da emissora estatal CCTV, por exemplo, indica ter recebido 6.357 comentários, mas apenas 20 estão visíveis, todos com tom bastante formal.

A China é um país considerado seguro, mas nos últimos meses foram registrados vários ataques de grande repercussão.Na  segunda-feira passada, um homem matou 35 pessoas e feriu 43 pessoas ao atropelar uma multidão na cidade de Zhuhai, no sul do país.

No mês passado, um homem esfaqueou três pessoas até a morte e feriu outras 15 em um supermercado em Xangai. Em setembro, um estudante japonês foi morto a facadas em Shenzhen, também sul.