BRASIL

Governo aumenta projeção do PIB para 3,3% e vê inflação perto do teto neste ano

Estimativa é de que a inflação chegue a 4,4% no final do ano

Economia - Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O governo aumentou a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,2% para 3,3%, divulgou nesta segunda-feira o Ministério da Fazenda. A previsão de inflação também foi revisada para cima, de 4,25%, para 4,4%, ainda dentro do teto da meta, que pode chegar até 4,5%.

A revisão se deu em função do aumento da projeção de crescimento do PIB no terceiro trimestre deste ano, que subiu de 0,6% para 0,7%.

A mudança na projeção foi feita após revisões em estimativas de crescimento para o setor agropecuário e de serviços. Para o PIB do setor agropecuário foi revisada de -1,9% para -1,7% neste ano.

A mudança foi puxada principalmente pela colheita de algodão e produtos da agropecuária. A avaliação do boletim macro fiscal indica que o setor deve voltar a crescer em 2025.

Enquanto isso, a alta projetada para o PIB do setor de serviços passou de 3,3% para 3,4%. Segundo o governo, a expectativa é de que o setor continue em expansão até o final do ano.

Inflação
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 4,24% em agosto para 4,76% em outubro, influenciada principalmente pela aceleração dos preços livres, que aumentou de 3,78% para 4,25%.

Entre os itens livres, o maior aumento da inflação aconteceu na alimentação no domicílio, que subiu de 4,6% para 7,28% em outubro. Houve um aumento significativo nos preços de carnes, de leite e derivados e do café.

A projeção feita pela Fazenda de que a inflação vai encerrar o ano em 4,4% ainda está dentro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, podendo chegar até 4,5%.

Estimativas do mercado
Nesta segunda-feira , o Banco Central (BC) também publicou o Boletim Focus, que traz as estimativas de crescimento do PIB e IPCA, que são feitas por analistas do mercado financeiro.

A projeção de crescimento da inflação foi revisada de 4,62% para 4,64%, fora da meta.

Para o crescimento do PIB em 2024, a projeção do mercado permaneceu estável em 3,10%.