Kids pretos: PF diz que plano golpista para matar Moraes foi discutido em app que destrói mensagens
Conforme as investigações, eles habilitaram linhas de telefonia móvel em nome de terceiros para driblar o monitoramento das autoridades
A Polícia Federal levantou provas de que um grupo de militares de Operações Especiais, os chamados "kids pretos", criaram um grupo na plataforma Signal para tratar sobre um suposto plano para prender o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes em 15 de dezembro de 2022 - quando Jair Bolsonaro ainda era presidente e antes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Os militares foram alvos de mandados de prisão preventiva decretados por Moraes nesta terça-feira.
Segundo a PF, o grupo foi chamado de "Copa 2022" os militares envolvidos na trama receberam codinomes de países, como Alemanha, Austria, Japão e Gana para "não revelar as suas verdadeiras identidades".
Conforme as investigações, eles habilitaram linhas de telefonia móvel em nome de terceiros para driblar o monitoramento das autoridades.
"Além dos elementos acima relatados pela autoridade policial, nos diálogos também surge a denominação “Copa 2022”, nome do arquivo que foi encaminhado por RAFAEL DE OLIVEIRA para MAURO CÉSAR BARBOSA CID. O mesmo nome, posteriormente, seria utilizado para nomear o grupo do aplicativo SIGNAL em que estavam os responsáveis por executar a ação clandestina de prisão/execução de Ministro do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", escreveu Moraes na decisão, fazendo referência a informações citadas pela PF.